O atacante Neymar divulgou nesta quarta-feira uma carta, datada de 8 de novembro de 2011, na qual o então presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, lhe autoriza a negociar com outros clubes, desde que a saída fosse efetivada após o término do contrato do atleta em 2014.

Dirigentes do Santos e pessoas envolvidas na negociação já ouviam falar do documento.Nesta quarta-feira, Luis Alvaro disse, em entrevista à Rádio ESPN, de que nunca soube de qualquer negociação feita há três anos por Neymar Santos, pai do atacante, com o Barcelona. “Isso pra mim é novidade dita por ele (pai de Neymar) agora, ele nunca me disse isso. Eu desconheço. Não vi, não sei qual é o valor, tenho absoluta e total ignorância sobre esse assunto”.

Com o documento, o Santos não pode alegar aliciamento do clube catalão sobre o jogador. Mais cedo, Marcos Motta, advogado de Neymar, se pronunciou por meio do Twitter. “A chance do Neymar (e/ou Barcelona) ser sancionado pela Fifa é Zero (com maiúscula). Claro que a tese de ‘aliciamento’ é fulminada quando todas as partes estavam autorizadas a negociar. Sem mais. Boa tarde”.

Na tarde de terça-feira, Neymar Santos, pai do jogador do Barcelona, já havia declarado em entrevista que o clube brasileiro tinha conhecimento da negociação (informação comprovada agora com a carta). De acordo com ele houve um acordo, há três anos, com o clube catalão, que pagou 10 milhões de euros (R$ 32,5 milhões) para “assegurar” a prioridade na compra do jogador, e mais 30 milhões de euros (R$ 98,5 milhões) no caso dele ir à Catalunha antes de 2014. Caso o camisa 11 não fosse para o Barça, porém, os 40 milhões de euros (R$ 130 milhões) seriam pagos pela empresa de Neymar ao clube catalão.

“O Barcelona não aliciou ninguém. Os 10 milhões de euros não foram para o Neymar, foram para a N&N. Eu tinha a autorização para trabalhar para a N&N. Tenha a certeza que eu tinha a autorização do Santos”, declarou Neymar Santos.

O Santos deve se pronunciar sobre o assunto em breve. No entanto, o clube convidou apenas alguns veículos de imprensa e não toda a mídia para fazer um esclarecimento.