O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou hoje (31), ao Conselho de Ministros, uma proposta de cortes no orçamento do Governo para pagar os 50 dias de operação militar na Faixa de Gaza.

Netanyahu, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, e o ministro das Finanças, Yair Lapid, querem cortes de 2% no orçamento de cada ministério, à exceção da Defesa, para conseguirem 2 bilhões de shekels (425 milhões de euros).

De acordo com documentos divulgados pela presidência do Conselho de Ministros antes da reunião de hoje, o maior corte proposto é no Ministério da Educação (480 milhões de shekels). A Segurança Social deverá perder 62,6 milhões e a Saúde, 43 milhões.

O corte previsto para o gabinete do primeiro-ministro, responsável pelos serviços de informações interno e externo, Comissão de Energia Atômica e outros departamentos, é 33 milhões da moeda israelense. O Ministério dos Negócios Estrangeiros poderá ficar sem 11,9 milhões de ‘shekels’.

O orçamento inicial para 2014 já apresentava medidas de austeridade, que Yair Lapid considerou fundamentais para a economia do país.

A sessão do Conselho de Ministros ocorreu no Sul de Israel, junto à fronteira com a Faixa de Gaza, em solidariedade aos residentes israelenses alvos de milhares de foguetes e granadas de morteiros lançados por grupos palestinianos, até a trégua de terça-feira (26). “Espero que esta tranquilidade continue, mas estamos preparados para qualquer cenário”, disse Netanyahu na reunião, citado por fontes do seu gabinete.

A Operação Margem Protetora, na Faixa de Gaza começou em 8 de julho e terminou na terça-feira, depois de um cessar-fogo definitivo negociado com o movimento de resistência palestiniana Hamas, após várias tréguas unilaterais ou bilaterais.

Na operação, destinada a destruir o arsenal bélico do Hamas e túneis de acesso entre a Faixa de Gaza e Israel, morreram 2.143 palestinianos e 71 israelitas.