Naturalizado, jogador brasileiro é intimado a servir o exército ucraniano

Naturalizado em 2011, o meio-campista paulista Edmar Lacerda foi intimado a servir o exército ucraniano durante o período de grande tensão do país com a Rússia. Ele joga atualmente no Metalist Kharkiv e está casado com uma ucraniana desde 2008. O jogador espera resolver essa situação junto ao seu clube e se disse surpreso: “Não […]

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Naturalizado em 2011, o meio-campista paulista Edmar Lacerda foi intimado a servir o exército ucraniano durante o período de grande tensão do país com a Rússia. Ele joga atualmente no Metalist Kharkiv e está casado com uma ucraniana desde 2008. O jogador espera resolver essa situação junto ao seu clube e se disse surpreso: “Não esperava isso”.

“Me surpreendeu muito esta convocação [para se juntar ao exército], já que não esperava isso. Quando vi nem sabia o que fazer”, comentou o brasileiro ao site Sport, da Ucrânia. “Se eu tiver que ir para o exército, nem sei o que faria. A única coisa que posso fazer bem é jogar futebol”, falou.

Edmar explicou que a sua esposa ficou bastante temerosa ao receber a notícia, mas ele acredita que não precisará se envolver com os conflitos: “Eu fui até o clube, eles me orientaram e devem resolver a questão. Eu não sei se outros companheiros de equipe também receberam a intimação, não disse nada para ninguém. Minha esposa estava com muito meso, mas eu tranquilizei-a. Vai ficar tudo bem, vou voltar a treinar e em breve começará o campeonato”, disse.

A crise e a instabilidade na Ucrânia é muito grande. Cinco brasileiros do Shakhtar se recusaram a voltar ao país por causa dos conflitos.

Em novembro do ano passado, teve início uma crise político-econômica entre Ucrânia e Rússia. Com o passar dos meses, mais sinais fazem crer que o conflito pode se tornar guerra de fato em um curto prazo. O último capítulo foi o abatimento do voo MH17 da Malaysia Airlines por um míssil. Membros do Estado ucraniano cujas declarações foram publicadas nos últimos dias afirmam ter provas de que os equipamentos usados por rebeldes pró-Rússia no ataque teriam sido financiados pelo próprio governo russo, aumentando ainda mais a tensão.

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