Nasa testa nova tecnologia similar a “disco voador” para pousar em Marte

Depois de vários adiamentos pelo mau tempo, a Nasa enviou um disco voador para a alta camada da atmosfera terrestre, neste sábado, para testar uma tecnologia que poderá ser usada para aterrissar em Marte. A experiência foi, em parte, malsucedida, devido ao mau funcionamento de um paraquedas. O enorme balão inflado com hélio foi lançado […]

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Depois de vários adiamentos pelo mau tempo, a Nasa enviou um disco voador para a alta camada da atmosfera terrestre, neste sábado, para testar uma tecnologia que poderá ser usada para aterrissar em Marte.

A experiência foi, em parte, malsucedida, devido ao mau funcionamento de um paraquedas.

O enorme balão inflado com hélio foi lançado às 17h40 (horário de Brasília), da base militar da ilha havaiana de Kauai, 25 minutos após a abertura da janela de lançamento — como mostraram imagens transmitidas ao vivo pela televisão americana.

O artefato transporta um objeto em forma de disco, o Desacelerador supersônico de baixa densidade (LDSD, na sigla em inglês).

O balão atingiu os 36.600 metros após duas horas e meia. Quase 15 minutos depois, a nave de teste em forma de disco foi lançada, com o acionamento de sua propulsão para chegar a 54.900 metros de altitude, a 3,8 vezes a velocidade do som (4.651 km/h).

Foi nesse momento que começou o teste da nova tecnologia, o Desacelerador supersônico aerodinâmico inflável (Siad, na sigla em inglês). O Siad se posicionou para frear a nave até uma velocidade de aproximadamente 2,5 vezes a do som (3.060 km/h) antes de abrir um enorme paraquedas supersônico.

Até aí, tudo saiu conforme programado. O único problema foi o gigantesco paraquedas de 34 metros de diâmetro.

Dan Coatta, um dos membros da missão, relatou os problemas em entrevista na Nasa TV alguns minutos depois.

— O paraquedas se abriu, mas não estava totalmente estendido.

A Nasa pretende realizar outros dois voos do LDSD para testar as duas tecnologias — de freio e de aterrissagem — com seu desacelerador inflável e com o balão.

Apesar da falha, a Nasa manifestou sua grande satisfação com o teste, que custou cerca de US$ 150 milhões.

Desde a década de 1970, a Nasa utiliza o mesmo sistema de paraquedas para frear seus trens de pouso e robôs que aterrissam no Planeta Vermelho, à medida que penetram a fina atmosfera marciana.

A nova tecnologia está sendo testada em alta altitude, devido à semelhança de condições com a atmosfera superior de Marte, a termosfera.

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