‘Não tive tempo de sentir medo’, diz testemunha de tiroteio no Canadá
Alain Merizier chegava ao Parlamento do Canadá para mais um dia de trabalho quando viu que algo estranho ocorrendo. O garçom foi uma das testemunhas do tiroteio que ocorreu no local na manhã desta quarta-feira. Segundo as autoridades canadenses, duas pessoas morreram em locais diferentes durante o incidente – um soldado, baleado em frente a […]
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Alain Merizier chegava ao Parlamento do Canadá para mais um dia de trabalho quando viu que algo estranho ocorrendo.
O garçom foi uma das testemunhas do tiroteio que ocorreu no local na manhã desta quarta-feira. Segundo as autoridades canadenses, duas pessoas morreram em locais diferentes durante o incidente – um soldado, baleado em frente a um monumento, e um suposto atirador, dentro do prédio do Parlamento.
“Eram 10h, e eu estava indo para meu trabalho quando vi um carro com a sirene ligada e um outro carro preto. Percebi que algo estava acontecendo no Parlamento”, disse ele.
“De repente o carro preto parou proximo do bloco central e vi um homem sair dele com uma arma longa. Ele correu para dentro do Parlamento. Foi quando ouvi um tiro.”
Merizier contou que o policial correu atrás do homem que “parecia ser árabe”.
“Fiquei mais chocado do que com medo. Não tive tempo de ter medo, apenas de ficar surpreso”, afirmou o garçom.
“Vi apenas um homem, estava dirigindo o carro preto. Ele estava sozinho. Só tive tempo de tirar uma foto do carro. E, então, a Polícia pediu para que eu me afastasse.”
Risco
O atirador fez seus primeiros disparos ainda quando estava no Memorial de Guerra Nacional de Ottawa, que fica a poucos metros do Parlamento.
Segundo uma mensagem publicada pelo diretor de comunicações do governo no Twitter, o premiê canadense, Stephen Harper, deixou a área em segurança.
Todos os edifícios do governo estão fechados e isolados, além de uma universidade próxima ao Parlamento.
O incidente ocorreu horas depois do país elevar seu nível de risco de terrorismo de baixo para médio.
Segundo autoridades, isso ocorreu porque foi detectado na internet um aumento de interações entre membros de grupos extremistas, como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.
Neste mês, o Canadá anunciou planos de se unir aos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra o “Estado Islâmico” no Iraque.
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