O recém-empossado presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, deve recompor a equipe de governo que lidará com sua crise com a Rússia. Negociações sobre o preço do gás na segunda-feira (9) serão um teste inicial do seu novo relacionamento com Vladimir Putin, presidente russo.

A posse de Poroshenko como presidente da Ucrânia em uma cerimônia cheia de pompa, mas descontraída, no sábado, transmitiu a sensação de que foram estabelecidos limites depois de seis meses de turbulência sangrenta e sem precedentes, que culminaram com a derrubada de seu antecessor, Viktor Yanukovich.

Mas, por trás da euforia de que a Ucrânia talvez possa agora, finalmente, começar “a viver de uma nova maneira” como prometia o slogan de campanha de Poroshenko, está a realidade do agitado separatismo do leste. A Ucrânia enfrenta a interferência de Moscou e a oposição da Rússia aos seus planos de levar o país para a comunidade europeia.

A recusa contundente de Poroshenko a aceitar a perda da Crimeia, que ficou clara durante seu combativo discurso inaugural, o coloca ainda mais em desacordo com Putin.