Na fronteira, moradores acham que justiceiros paraguaios não assustam, mas evitam falar
A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com algumas autoridades de Ponta Porã, município a 346 quilômetros ao sul de Campo Grande, para saber como está o clima na região por conta das mortes atribuídas a um grupo intitulado “Justiceiros Sem Fronteira”. Até o momento, pelo menos três mortes foram atribuídas aos justiceiros. “Aqui […]
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A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com algumas autoridades de Ponta Porã, município a 346 quilômetros ao sul de Campo Grande, para saber como está o clima na região por conta das mortes atribuídas a um grupo intitulado “Justiceiros Sem Fronteira”. Até o momento, pelo menos três mortes foram atribuídas aos justiceiros.
“Aqui o clima é de calmaria, a rotina dos moradores é normal”, disse uma das autoridades que preferiu não se identificar e completou, “essas coisas acontecem mais lá pro fundo, e é entre eles, não tem nada a ver com a gente”.
No centro de Ponta Porã e imediações, não houve alterações quanto à criminalidade. Ações preventivas e ostensivas estão sendo realizadas pelas polícias Civil e Militar regularmente e normalmente.
Alerta
Um recado de um suposto grupo se espalhou por mensagens de WhatsApp há algum tempo. Nele, havia um alerta aos criminosos que agem no local. Eles seriam “exterminados” por conta das condutas que haviam tido.
Para isso, o tal grupo tem consigo uma lista com nomes, dados e fotos de criminosos que agem na região. Na mensagem, ainda faz um alerta, dizendo que as mortes servem de reflexão aos demais que insistirem em cometer crimes na fronteira.
Mortes
Na manhã de quinta-feira (16), o brasileiro Lucio López, de 28 anos, foi encontrado morto e com as mãos cortadas em uma região deserta conhecida como Cabecera Jobai, no Paraguai. O corpo foi encontrado com uma lesão de tiro na cabeça.
A vítima tinha passagens pela polícia. Agentes paraguaios estão no local e isolaram a área, por conta do número de curiosos. A informação inicial é de que o rapaz tenha morrido por obra de um grupo intitulado “Justiceiros da Fronteira”.
No dia 27 de setembro, o brasileiro Luis Antonio Zeviano, de 21 anos, e o paraguaio Marcio Martinez Gomez, de 22 anos, tiveram as mãos amputadas e foram mortos com tiros de pistola 9mm, na cabeça. Eles teriam sido amordaçados, torturados e mortos a tiros. “Justiceiros da Fronteira”.
Eles foram os primeiros a serem assassinados pelo grupo justiceiro. As vítimas foram mortas durante a madrugada e encontradas nas primeiras horas do dia, por populares que trafegavam pela via, de acordo com informações apuradas pela polícia Paraguai.
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