A empregada doméstica Jorgina Dias de Souza, de 50 anos de idade, foi surpreendida quando recebeu em casa uma intimação para comparecer a uma delegacia de polícia.

No documento estava especificado que ela deveria prestar esclarecimentos sobre um homicídio culposo na direção de veículo automotor. Ou seja: ter matado alguém por atropelamento.

O detalhe é que Jorgina não tem carteira de habilitação e nunca foi proprietária de um carro. Hoje, um pouco assustada ela compareceu à delegacia atendendo à intimação.

“Não sei o que eles querem comigo. Nunca peguei um carro na vida e agora aparece essa acusação de que eu atropelei alguém. É um absurdo”, afirmou.

Depois da audiência, Jorgina continuou indignada. Segundo ela, o caso tratava de um acidente no qual um irmão seu matou uma pessoa e deixou outra ferida após um atropelamento. O acidente aconteceu no dia 11 de janeiro de 2013, no Jardim Tijuca.

“O policial me falou que pelos documentos do carro chegaram ao nome do meu irmão e como não conseguiram encontrá-lo fizeram uma pesquisa e acharam o meu nome. Mas eu não dirijo, não tenho carro não tenho nada a ver com isto e não vejo meu irmão há mais de seis anos”, afirmou.

Explicação

No cartório da 5ª Delegacia, foi explicado que o procedimento é considerado normal. Segundo os esclarecimentos, a medida é tomada quando o responsável pelo crime não é encontrado e a polícia procurar o máximo de informações.

“O fato de ser convocada não significa que ela vai responder pelo crime. É apenas um procedimento para nós normal de busca de informações para chegarmos ao responsável pelo fato”, afirmou a servidora do cartório.