Mulher fratura o braço e morre por suposta negligência médica em Maceió

Um braço fraturado em duas partes, em um acidente de moto, há uma semana, no bairro de Bebedouro, Maceió, e uma série de supostas negligências médicas teriam provocado a morte da dona de casa Aldinez Maria da Silva, 38 anos, neste fim de semana. A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira (24), pelo marido […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Um braço fraturado em duas partes, em um acidente de moto, há uma semana, no bairro de Bebedouro, Maceió, e uma série de supostas negligências médicas teriam provocado a morte da dona de casa Aldinez Maria da Silva, 38 anos, neste fim de semana.

A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira (24), pelo marido da vítima, Paulo Alves dos Santos, 56 anos, que denuncia um suposto caso de negligência no atendimento pelo HGE.

Em nota, a direção do HGE informou que vai instaurar, em caráter de urgência, processo administrativo para apurar o caso.

Segundo a denúncia, Aldinez Maria da Silva, de 38 anos, teria sido socorrida no hospital após o acidente e, no local, foi constatado que ela fraturou o braço em dois lugares. Em vez de cirurgia, foi feita a imobilização do braço, com gesso. A mulher deixou o HGE com muita dor. Na terça-feira (18), Aldinez teria voltado à unidade pedindo ajuda e, nesse dia, ela teve apenas o gesso trocado, quando passou a se queixar de que ele estaria apertado.

Com a circulação do sangue na região do braço prejudicada, o membro começou a necrosar e os sinais do problema começaram a ser percebidos por ela na quinta-feira, com um grande inchaço da mão. A paciente voltou ao HGE aos gritos e uma enfermeira teria dito que não poderia trocar o gesso mais uma vez.

Um médico, que teve seu nome preservado, teria se oferecido para operar Aldinez ao custo de R$ 3 mil. A família ainda juntou R$ 2 mil, mas o profissional não teria aceitado.

Só na sexta-feira, após descobrir que era diabética, Aldinez foi encaminhada para o Centro Cirúrgico com o braço gangrenado, ou seja, apodrecido.

Uma imagem obtida por meio do Facebook mostra o estado em que ficou a mão da paciente.

A mulher teve o membro amputado, mas não resistiu à infecção, que tomou todo o corpo. Aldinez morreu no último sábado, dia do seu aniversário, e foi enterrada no domingo(23).

O marido dela concedeu entrevista nesta manhã para relatar todo o caso. Os filhos de Aldinez estavam transtornados. A família cobra a punição dos médicos e enfermeiros que atenderam a mulher. “Vamos levar isso adiante para que outros casos não venham acontecer”, prometeu Gilvan José da Silva, de 18 anos, um dos cinco filhos deixados pela dona de casa.

Na manhã de hoje o HGE se pronunciou sobre o caso através de uma nota, onde afirma que a paciente foi atendida de acordo com os procedimentos estabelecidos no protocolo clínico, desde a entrada até o procedimento cirúrgico que terminou na amputação do braço de Aldinez Maria da Silva. A nota diz ainda que a direção vai instaurar um processo administrativo para apurar a denúncia de negligência.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados