O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ajuizou uma ação em que pede a condenação do ex-prefeito por improbidade administrativa ao colocar pela cidade totens com seu nome a cada obra pública.

A acusação do MPF argumenta promoção pessoal de Nelsinho e que tal ação de fixar placas violaria o princípio da impessoalidade, legalidade e moralidade, já que tem evidente objetivo de promover o nome e imagem do administrador ao cenário urbano.

Porém, para o MPF, “a ‘coisa pública’ não é apropriável pelo particular, nem pode esse, no exercício do cargo, utilizar a máquina para se promover”. Um breve levantamento feito pelo órgão sobre matérias veiculadas, há mais de 1500 totens afixados por Nelsinho entre 2004 e 2012.

Dentre as obras tidas como de Nelsinho, o MPF elencou quatro que teriam sido financiadas pelo Governo Federal. Pelos princípios da lei, o MPF pede a punição de Nelsinho, com a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário.

Retirada dos totens

A ação também aciona a atual gestão da Prefeitura de Campo Grande a retirar os totens com nomes administrativos e caso haja omissão, que o Município faça transferências voluntárias de verbas da União suspensas.

Tradição

Tal colocação de totens não é exclusividade de Nelsinho. A prática também ocorreu no governo de André Puccinelli, por dois mandatos na Prefeitura de Campo Grande. A diferença era que Puccinelli escolheu as cores de sua gestão, azul e vermelho. Nelsinho usava o laranja e azul, conforme o escolhido em seu madadato.

Nelson Trad Filho já explicou ao Midiamax em matérias anteriores sobre tais totens que a intenção de colocar as placas nunca foi a de autopromoção. “Colocamos as placas para atender dispositivos da Constituição, que é a informação pública das obras, como são feitas, qual o convênio firmado e quanto custaram. Esta é a finalidade da placa”, ressaltou. (Com informações do MPF)