MPF denuncia consultora do Ministério da Saúde e ex-namorado por corrupção em MS

O MPF (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) denunciou à Justiça a ex-consultora técnica Roberlayne Patrícia Alves e seu ex-namorado, Pedro Paulo Prince dos Santos, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo divulgado nesta terça-feira (9). O casal é acusado de arquitetar a cobrança de propina do Hospital do Câncer […]

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O MPF (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) denunciou à Justiça a ex-consultora técnica Roberlayne Patrícia Alves e seu ex-namorado, Pedro Paulo Prince dos Santos, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo divulgado nesta terça-feira (9).

O casal é acusado de arquitetar a cobrança de propina do Hospital do Câncer (HC) de Campo Grande para a liberação de verbas públicas, pelo Ministério da Saúde, para aquisição de um acelerador linear e de equipamentos para o tratamento contra o câncer e ter cobrado R$ 150 mil da unidade para facilitar a liberação.

O convênio é avaliado em R$ 4,6 milhões. Denunciada pelo diretor do hospital, a ex-consultora passou a ser monitorada pela Polícia Federal (PF) e foi presa em flagrante, em 16 de junho, ao receber parte da propina, em mãos, na sede do hospital. (Confira abaixo imagens do flagrante realizado pela PF).

Cúmplice

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça comprovam que Roberlayne não agiu sozinha. Pedro Paulo dos Santos, então namorado da consultora, ajudou a companheira na execução do crime. O rapaz, além de incentivar a prática criminosa, forneceu dados bancários de seu pai para o depósito da propina, com o objetivo de impedir o rastreamento dos valores. Pelo auxílio, Pedro Paulo foi retribuído com R$ 6 mil.

O casal, além do crime de corrupção passiva, deve responder também por lavagem de dinheiro – pela tentativa de ocultar a origem, localização e movimentação do valor recebido ilegalmente. A ex-consultora e seu ex-namorado, se condenados, podem pegar de 5 a 22 anos de prisão.
A denúncia já foi aceita pela Justiça e os dois acusados agora são réus em ação penal.

 

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