Sem pátio para descanso, os caminhoneiros da Sadia têm que estacionar em corredor de ônibus na Avenida Gury Marques, zona sul da Capital. Os motoristas reclamam que há quatro anos não têm pátio para descanso quando vão à distribuidora para descargarremento.

O Sindicargas/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas de Mato Grosso do Sul) esteve nesta quarta-feira (6) na sede da Brasil Foods, pedindo à empresa que disponibilize pátio. A reportagem foi ao local e constatou a presença de três caminhões da Sadia. Segundo o Sindicato, o último iria descarregar só às 4 da manhã de quinta-feira.

Sem lugar para estacionar e esperar a vez de descarregar os alimentos, os caminhoneiros têm que dormir dentro do próprio veículo. Segundo Raimundo Nonato Ribeiro, presidente do Sindicato, a solicitação frisa dar segurança aos trabalhadores.

“Eles passam por transtornos, dormem mal, têm que ficar atentos para não serem roubados. Estão sujeitos á batida, a atropelamento, não têm banheiro, têm que se alimentar na calçada. Precisam de um espaço”, destaca.

Solução provisória

Funcionários da Brasil Foods entraram em contato com o Sindicargas/MS e fecharam acordo provisório: os caminhoneiros poderão ficar no posto Kátia Locatelli, na saída para São Paulo.

A medida não agradou aos motoristas, que criticaram a distância. “Porque não arranjam um lugar?” indagam. A vontade é tanta que eles até se oferecem para ajudar os funcionários da Brasil Food a descarregar outras cargas para acelerar o processo.

“Tem vez que a gente passa dois dias esperando para descarregar. É um stress, desorganização, fora os riscos que a gente corre”, frisa outro caminhoneiro.

A Brasil Foods garantiu ao Sindicargas/MS que tomará providência efetiva para que os caminhoneiros tenham um lugar para descansar.