Moradores fecham Tamandaré em protesto contra possível reintegração de posse
Os moradores do Bairro Bosque da Saúde fecharam a Avenida Tamandaré, na região da Vila Marli, na noite desta quinta-feira (15), em protesto contra uma possível reintegração de posse de uma área em que moram mais de 100 famílias. Os moradores fecharam a rua, atearam fogo em galhos e madeiras e o trânsito teve que […]
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Os moradores do Bairro Bosque da Saúde fecharam a Avenida Tamandaré, na região da Vila Marli, na noite desta quinta-feira (15), em protesto contra uma possível reintegração de posse de uma área em que moram mais de 100 famílias. Os moradores fecharam a rua, atearam fogo em galhos e madeiras e o trânsito teve que ser desviado pelas ruas laterais.
Gritando palavras de ordem “Queremos Moradia”, os moradores afirmam que ficarão no local até a prefeitura mandar um representante. Duas viaturas da Polícia Militar acompanham o protesto e o Corpo de Bombeiros também foi acionado. Durante o protesto, os veículos tiveram que desviar a rota, inclusive um comboio da Polícia Federal.
Segundo os moradores, a área pertencia a uma construtora e teria sido doada à Prefeitura de Campo Grande. O local não era ocupado e é o antigo depósito de lixo.Os moradores afirmam que nesta quinta um oficial de Justiça foi até o local com a ordem urgente de reintegração de posse.
Agora, os moradores temem acordar na sexta-feira (16), com máquinas para fazer cumprir a ordem de reintegração. Eles afirmam que esperam que a prefeitura faça uma proposta para regularização dos lotes da área.
No local, os moradores dizem que vivem cerca de 300 famílias, mas que cerca de 100 estão na área que consta na ordem de reintegração de posse. A população relata que paga água, luz e esgoto e eles dizem que não foram notificados previamente. “Chegaram com a ordem de despejo, ninguém nunca havia falado nada”, diz o eletricista Wesley Wiler, que mora há dois anos no local.
Um pedreiro de 36 anos, que prefere não se identificar, relata o temor das famílias com o possível despejo. “É todo mundo trabalhador, tem criança, idosos. Disseram que a ordem era imediata, como vai ficar? São mais de 100 famílias”, questiona.
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