Milícias rivais entram em confronto na Líbia

Violentos combates foram registrados hoje (20) perto do aeroporto de Trípoli, capital da Líbia, onde milícias rivais disputam há uma semana o controle do local, depois que se intensificaram os alertas sobre os riscos de uma guerra civil no país. A União Europeia (UE) já manifestou preocupação com esses novos confrontos, que, segundo um responsável […]

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Violentos combates foram registrados hoje (20) perto do aeroporto de Trípoli, capital da Líbia, onde milícias rivais disputam há uma semana o controle do local, depois que se intensificaram os alertas sobre os riscos de uma guerra civil no país.

A União Europeia (UE) já manifestou preocupação com esses novos confrontos, que, segundo um responsável local, provocaram a morte de cinco civis. As vítimas moravam no bairro de Qasr Ben Ghachir, próximo do aeroporto.

O terminal está fechado desde 13 de julho, após um ataque feito por uma aliança de milícias islâmicas e da cidade de Misrata, a 200 quilômetros a leste de Trípoli.

Os mais recentes combates levaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a retirar a sua missão da Líbia.

Hoje a delegação da UE no país expressou preocupação com um “conflito prolongado” e pediu diálogo entre as partes.

Os combates trouxeram à tona o receio de um conflito mais vasto. O país ainda aguarda a proclamação dos resultados das eleições legislativas de 25 de junho, que. segundo a Comissão Eleitoral, deverão ser anunciados amanhã (21).

Sem capacidade de reagir, as autoridades líbias indicaram na semana passada a possibilidade de recorrer a forças internacionais para restabelecer a segurança em um país assolado pela anarquia após a queda do regime do Muammar Kadhafi, em 2011.

Durante uma intervenção no Conselho de Segurança da ONU em Nova York, o ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Abdelaziz, pediu a ajuda da organização para a formação das forças de segurança líbias, com o objetivo de proteger o setor de infraestrutura, principalmente os aeroportos e as instalações petrolíferas. “Se a Líbia se tornar um Estado em desagregação, nas mãos de grupos radicais e de senhores da guerra, as consequências serão profundas e talvez irreversíveis”, considerou.

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