O empresário Marcos Valério e seus ex-sócios na nas agências de publicidade SMP&B e DNA Propaganda Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano de Mello Paz foram condenados, cada um, a penas que somam nove anos e dois meses de prisão e multa individual de 250 salários mínimos por participação no esquema de corrupção conhecido como mensalão mineiro.

Os réus, afirma o Ministério Público, fizeram lavagem de dinheiro. Eles enviaram pelo menos US$ 628 mil ao exterior em 23 transferências que tinham a SMP&B como beneficiária, ordenante e/ou remetente.

O julgamento está relacionado ao mensalão mineiro, mas este, contudo, está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação que levou à condenação desta sexta-feira foi feita durante a força-tarefa do Banestado, que de 1998 a 2001 descobriu que bilhões de dólares foram emitidos ao exterior, a maior evasão de divisas que sem tem conhecimento na história do País.

Conforme lembra a sentença, o mensalão mineiro foi “uma estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMP&B Comunicação Ltda e seus sócios”.