Depois de duas semanas conturbadas mais obras devem começar a ser vistas no zoológico de Cascavel. No entanto as intervenções que serão feitas por enquanto já estavam previstas, antes da tragédia com o tigre Hu.

O Centro Ambiental Gralha Azul e o Museu estão entre as atrações mais procuradas no local, porém, quem entra se decepciona com os sinais de abandono por todo lado. Para melhorar isso está autorizada a reforma no valor de R$ 57 mil. “Troca de forro, pintura, ampliação da área frontal no museu para melhor atender a população, além do acervo do museu”.

O trabalho deve resgatar as ações de educação ambiental que já estão paradas há um bom tempo. “Ficamos um período parados com a educação ambiental, o teatro, das palestras, mas agora poderemos retomar tudo”.

A empresa contratada deve começar a obra na semana que vem e tem um prazo de três meses para conclusão. Outras melhorias já estão em fase final, como pintura das jaulas e colocação de lixeiras e placas. Tudo isso integra a revitalização programada, mas no meio do caminho o ataque do tigre Hu ao garoto Vrajamany teve que deixar ainda maior a lista de prioridades.

O zoológico de Cascavel está em conformidade com as regras do Ibama, no entanto mudanças para aumentar a segurança já estão sendo estudadas. O uso de uma tela como essa poderia ser uma opção. E com ela o acesso dos visitantes a jaula ficaria impossibilitada, não seria possível a entrada de uma mão, como foi registrada no ano passada com um adulto acariciando o tigre Hu. Ou como aconteceu com o menino na jaula do animal.

Em imagens inéditas feitas por um visitante, o garoto aparece acariciando uma onça-parda minutos antes do acidente com o tigre no último dia 30 de julho.

Ele também passa a mão nela, que pouco reage, ela apenas boceja. Para o recinto dos felinos onde o garoto praticamente brincou com todos os animais, a primeira ideia é usar uma tela sobre as grades.

“Uma outra tela sobre a grade de proteção, evitando que novas pessoas com imprudência venham a adentrar em uma área proibida”. Caso os visitantes persistam em invadir a área restrita, a tela moeda poderá ser usada na mureta de isolamento. “Se a população não nos auxiliar, ou seja, não respeitar os limites, e apenas verem os animais, infelizmente não vai ter medidas preventivas para atos como esses”, conclui o veterinário Valmor Passos.