Menina que foi encontrada em situação de escravidão em MS permanece em abrigo

A adolescente de 13 anos, que foi encontrada em situação de escravidão em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, permanece em um abrigo da cidade. O caso veio à tona no fim de julho, após a mulher que cuidava da menina procurar o Conselho Tutelar para tentar realizar a matrícula dela em uma […]

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A adolescente de 13 anos, que foi encontrada em situação de escravidão em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, permanece em um abrigo da cidade. O caso veio à tona no fim de julho, após a mulher que cuidava da menina procurar o Conselho Tutelar para tentar realizar a matrícula dela em uma escola.

De acordo com Davis Martinelli, conselheiro tutelar, a adolescente está em um abrigo sob a proteção da Justiça. Agora, o juiz vai decidir o futuro dela. A denúncia também foi registrada pelo Conselho Tutelar na Delegacia de Polícia Civil, na Delegacia do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Orlando Vicente Abate Sacchi, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Três Lagoas, não é possível divulgar muitas informações sobre o caso, por se tratar de uma adolescente e estar sob sigilo. “Há pessoas que serão ouvidas, entre elas, a mãe da menina, no Maranhão”, explica o delegado.

Escravidão

A menina foi trazida do Maranhão para Mato Grosso do Sul e recebia R$ 200 para fazer os trabalhos domésticos e cuidar de um bebê de 5 meses. Segundo o Conselho Tutelar, uma mulher de Três Lagoas trouxe a adolescente para a cidade. 

A mulher tentou fazer a matrícula da adolescente na escola, mas como não foi possível, sem que elas tivessem grau de parentesco, ela foi até o Conselho Tutelar tentar uma autorização.

A mulher tentou convencer que a adolescente tinha vindo passear em Três Lagoas e que queria morar na cidade. Desconfiado, o Conselho fez com que a menina fosse levada ao local. Em uma conversa, a garota acabou contando a situação em que vivia. A Justiça foi acionada e foi concedida a autorização para que a adolescente fosse retirada da casa.

Quando o Conselho Tutelar foi até a casa, a menina estava sentada do lado de fora, no frio, enquanto a família jantava.

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