Depois da polêmica envolvendo Cássio e uma suposta declaração racista, agora é a vez de um comentário de Angela sobre portadores de HIV repercutir fora da casa. Em uma conversa que aconteceu na última sexta-feira (14), a advogada sugeriu uma solução extrema para erradicar a Aids. “Vamos matar todo mundo (…) o que mais irrita é saber que a Aids existe porque teve um idiota que foi transar com um macaco”, argumentou a sister.

A declaração repercutiu na internet e o movimento social de Aids/HIV em todo país elaborou uma petição pública exigindo a imediata retratação da Globo, caso contrário, o grupo entraria com um recurso no Ministério Público.

Nesta quinta-feira (20), a médica infectologista Rosana Richtmann entrou na casa paar orientar os brothers. A infectologista não informou aos confinados o motivo de sua visita, mas enfatizou que os portadores do vírus HIV podem levar uma vida normal. “Será que a gente falou besteira?”, perguntou Angela.

A entrada da médica no programa foi vista como uma vitória pela ONG Gestos: Soropositividade,Comunicação e Gênero, de Recife, que já havia feito uma nota de repúdio ao comentário na segunda-feira (17). “A repercussão foi muito grande e a petição pública acabou sendo o primeiro passo. Surtiu efeito porque a Globo teve que se retratar de alguma forma. Foi grave e infeliz a declaração da participante do ‘BBB14’, mas o erro maior foi a conversa ter passado na emissora. O conteúdo não foi editado ou cortado. É inadmissível a maior emissora do Brasil reproduzir e divulgar o preconceito e também fomentar o estigma das pessoas que vivem com Aids”, explicou Jô Menezes, coordenadora psicossocial da Gestos.

De acordo com Jô, foi o Fórum de Ongs Aids do Estado de São Paulo que entrou na Procuradoria da República de São Paulo com o pedido de retratação da emissora sob o número 1.340010011840/2014-50.

O comentário de Angela gerou indignação fora da casa, mas outros brothers também mostraram estar desinformados sobre a questão da Aids. Cássio, 22, disse que as pessoas soropositivas não viviam mais do que 40 anos. “O que o homem gasta com remédios para portadores de aids, se ele gastasse apenas três vezes mais, em 40 anos acabava a aids no mundo. Daria remédio para todas as pessoas. Quem já tem, geralmente não dura mais de 40 anos, eles falecem e a Aids acaba”, declarou o gaúcho.