Manifestante baleado pela PM em protesto contra a Copa recebe alta

O manifestante baleado pela Polícia Militar durante o último protesto em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo recebeu alta na tarde desta segunda-feira. Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, ficou internado por 16 dias. Ele deve prestar um novo depoimento à polícia para conceder mais esclarecimentos sobre o caso. No dia 26 […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O manifestante baleado pela Polícia Militar durante o último protesto em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo recebeu alta na tarde desta segunda-feira. Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, ficou internado por 16 dias. Ele deve prestar um novo depoimento à polícia para conceder mais esclarecimentos sobre o caso.

No dia 26 de janeiro, Fabrício foi baleado em uma rua do bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo. O rapaz foi perseguido por três policiais militares na rua e levou dois tiros.

Chavez foi internado em estado grave após os incidente, chegou a ficar em coma e ficou mais de duas semanas em recuperação até receber a alta e deixar a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Um tiro atingiu o tórax e causou hemorragia interna. O outro atingiu o seu pênis, fazendo com que um dos testículos da vítima tivesse que ser removido.

Segundo a polícia, Fabrício resistiu à prisão e tentou atingir um PM com um estilete, o que forçou uma legítima defesa. Nas imagens, o jovem tenta escapar dos policiais quando para. Um soldado caiu e o rapaz vai para cima dele. Então, os outros dois se aproximam. Não é possível ver o momento dos disparos. Fabrício ainda se levantou e tentou caminhar. No entanto, caiu pouco tempo depois. Os oficiais levaram o baleado para o hospital.

A Corregedoria da Polícia Militar chegou a afirmar que vai investigar o incidente e afirmou que vai tomar medidas caso fique comprovado que os soldados agiram com excesso.

“As primeiras imagens que tivemos acesso mostram que os policiais agiram em legítima defesa. Porém, quero deixar claro que, se houve excesso, a Polícia Militar não compactua com tal tipo de conduta e que efetivamente elas serão apuradas, se necessário com rigor”, disse para a TV Globo o coronel Celso Pinheiro, Comandante de Polícia da Área Metropolitana.

O protesto que aconteceu em São Paulo terminou em uma grande confusão e teve mais de 100 detidos.

Conteúdos relacionados