Mania de alguns moradores transforma ruas e áreas públicas em lixões improvisados

Um costume feio que acabou virando febre nos bairros da região oeste de Campo Grande é o depósito de lixo nos fundos dos residenciais. E o pior é que a mania que pode colaborar na proliferação de doenças e desvalorizar a região é promovida pelos próprios moradores das regiões. Entre a Avenida José Barbosa Rodrigues […]

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Um costume feio que acabou virando febre nos bairros da região oeste de Campo Grande é o depósito de lixo nos fundos dos residenciais. E o pior é que a mania que pode colaborar na proliferação de doenças e desvalorizar a região é promovida pelos próprios moradores das regiões.

Entre a Avenida José Barbosa Rodrigues e a Rua Maria Luiza Spengler, no bairro Ana Maria do Couto, sofás, madeiras velhas, restos de obras e até privadas sanitárias lotam a rua, que está intransitável.

Para ter acesso à avenida, é preciso passar um carro por vez e os pedestres disputam espaço no meio da rua para atravessar, já que a calçada foi tomada pelo lixo.

O motorista Cláudio Lima da Silva, de 40 anos, se assusta com a imagem. “Faz muito tempo que não passo por aqui, mas está feio demais. Além de jogar lixo de obra, estão jogando lixo de casa e está fedendo demais”, se espanta.

“A cidade esteve abandonada, estão começando a limpar agora e espero que melhore”, avaliou. Para o coletor de recicláveis, Juarez Opata, de 44 anos, os próprios moradores sujam o local.

“Venho coletar sempre pelos bairros e é aqui que encho o meu carrinho. Eu vejo, são os moradores daqui mesmo que jogam. Não sei como conseguem conviver com o cheiro. Se fosse só material, a gente mesmo catava e levava tudo, não ficava acumulando. Mas eles jogam comida também, aí fica difícil”, avaliou.

Mas o problema não se resume aos fundos do bairro. A rua Itapetininga, lateral ao bairro José Pereira, na mesma região, está cheia de restos de lixo. Um segurança, que não quis se identificar, estava jogando entulho de obra na calçada do terreno onde se acumulam os lixos da rua.

“Eu e o vizinho estamos aterrando a calçada e pretendemos colocar uma cerca para evitar que o pessoal venha jogar lixo aí e sujar”, se explicou.

O motorista Alessandro da Silva, de 34 anos, tem dois filhos com problemas respiratórios que reclamam das queimadas de lixo no lugar. “A gente vê jogar, pede para não fazer, mas ninguém nem liga”, explicou.

Nos fundos do bairro Aeroporto, entrada da Embrapa, a situação é a mesma. Sofás e lixo disputam lugar com o matagal alto da região. Oraldo Jara, de 58 anos, diz que a situação se repete mesmo após limpeza da prefeitura. “Um mês depois que a prefeitura vem recolher tudo, já sujam novamente”.

Para ele, é preciso mais conscientização. “A pessoa tem que entender que é ruim para o próprio bairro. Quem passa por aqui pensa que o pessoal não está nem aí para a limpeza da região de perto de casa”, concluiu.

Limpeza

Começou nesta terça-feira (1°) um mutirão de limpeza nos bairros de Campo Grande. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, dos bairros citados na matéria, o José Pereira já terá o lixo retirado das vias.

Ainda segundo a prefeitura, a primeira determinação do prefeito Gilmar Olarte, ao assumir, era começar uma força-tarefa de limpeza pela cidade, eliminando o aspecto de abandono da Capital. A partir de hoje, várias equipes se espalharão pelas regiões da cidade para dar andamento ao serviço acumulado de limpeza.
 

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