Após a Justiça determinar a prisão de Roberto Jefferson, condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a Polícia Federal aguarda desde a madrugada deste sábado na porta da casa do ex-deputado, em Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, a chegada do mandado de prisão. A ordem de prender o delator do esquema do mensalão, porém, só deve chegar na segunda-feira, conforme a assessoria de imprensa da PF.

Uma viatura e quatro policiais permanecem de plantão em frente da residência do ex-deputado desde o começo da madrugada. O mandado que autoriza a prisão ainda precisa ser remetido à Justiça Federal do Rio e encaminhado à Superintendência da PF.

Após ser informado por seus advogados de que o mandado de prisão será enviado à Polícia Federal apenas na segunda-feira, Roberto Jefferson disse que vai aguardar até o começo da semana para seguir com os agentes até a Superintendência de instituição no centro do Rio. Ele aguarda o cumprimento da decisão da Justiça ao lado da família, colegas do PTB e seu médico particular, Ibsen Ribas. “Só posso levar minha medicação para a prisão com um receituário, a própria PF me informou isso”, explicou.

Segundo os policiais presentes em frente da casa, Jefferson veio à varanda de sua casa por volta da meia-noite e afirmou que irá se entregar assim que for intimado. Ele, inclusive, disse aos agentes que eles podem imprimir o mandado de prisão em sua casa. A assessoria da PF explicou que o documento será remetido por e-mail para os policiais que estão de plantão no momento em que chegar à Superintendência.

“Os meus advogados estão na Superintendência no Rio. Eu não posso me apresentar sem ordem de prisão. A hora em que a ordem chegar, podem imprimi-la aqui em casa e eu vou com eles (polícia) para o Rio. Estou pronto e aguardando desde as 5h30, achei que a ordem chegaria às 6h”, disse o ex-deputado.

Por volta das 7 horas, Jefferson foi à janela da casa e perguntou aos policiais se o mandado já havia chegado. Ao receber a negativa da polícia, acenou, agradeceu e se retirou. Após ser preso, Jefferson seguirá para a Superintendência da Polícia Federal, na praça Mauá, centro do Rio. Ele pode optar por ir em seu carro ou acompanhar os agentes da PF na viatura.