Mais que incentivar a ler, professor quer mudar pessoas para que elas mudem o mundo

“Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”, foi com a frase de Caio Graco que o professor Ronilço Guerreiro resumiu sua luta em prol da leitura em Campo Grande e falou sobre seu mais novo projeto: o da minibiblioteca dos terminais. Há quase 20 […]

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“Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”, foi com a frase de Caio Graco que o professor Ronilço Guerreiro resumiu sua luta em prol da leitura em Campo Grande e falou sobre seu mais novo projeto: o da minibiblioteca dos terminais.

Há quase 20 anos, o professor incentiva o hábito de ler entre as crianças e jovens da Capital. Com o projeto que surgiu em 1995, ele procura mudar pessoas para quem sabe elas mudem o mundo.

Guerreiro revela que vê nas crianças que frequentam a Gibiteca a possibilidade de um novo amanhecer. No local, além de as crianças terem um acervo gigante, de cerca de 25 mil gibis à disposição, ainda há livros, aula de informática, sala de cinema e diversos estímulos que misturam arte e educação.

Vendo o trabalho crescer, como todo bom sonhador, Ronilço sempre quis mais. E a cada projeto realizado se propôs a criar outros. Assim da Gibiteca surgiram os projetos Gibicicleta, Livros Carentes e o Café Cultural. O novo filho de Guerreiro é o da minibiblioteca nos terminais.

Assim como os livros carentes, a ideia é fazer que cada vez mais pessoas leiam e por consequência fazer de Campo Grande uma cidade de leitores, conta com brilho nos olhos.

O projeto é ousado, já que os livros vão ficar a disposição dos leitores. O professor de olhar e alma de criança, que sempre está armando novas peripécias, conta que os livros vão ficar nas minibibliotecas e cada leitor poderá pegar o que quiser e levar para a casa.

Em cada obra há um adesivo pregado explicando que o livro não é um presente. O texto é claro e quer conscientizar os novos leitores: independentemente de como este livro chegou às suas mãos, ele não é seu, nem de ninguém, ele é livre. Leia-o, diga-nos o que achou e passe-o adiante. Vá a um bar, café, praça ou outro lugar público e liberte-o. Deixo-o aonde possa ser encontrado pelo próximo leitor.

E assim vai funcionar a rede de leitores que Guerreiro quer criar. Como ajuda terá cerca de 700 alunos que diariamente recebem seus ensinamentos. “Meus alunos todos vão se engajar. O que mora perto do terminal Júlio de Castilho vai cuidar da biblioteca que está lá. O que mora perto do general Osório da de lá, e assim por diante”, explica.

O projeto

De início, Guerreiro revela que serão cinco minibibliotecas que serão instaladas nos terminais General Osório, Guaicurus, Júlio de Castilho, Bandeirantes e Morenão até a próxima semana. “No começo vamos ver como vai funcionar. Será meio como um piloto. Por isso, escolhemos esses terminais, por serem pontos de acesso a outros que ficam nos bairros”, explica.

Em março, ele pretende instalar mais cinco outras minibibliotecas. Até o fim do semestre a meta é instalar 30 minibibliotecas. E depois de todos os terminais terem pelo menos uma, quer colocar outra em cada um.

Porchat

Para realizar o projeto, Ronilço teve o apoio do ator global Fábio Porchat. O artista doou R$ 2 mil a guerreiro. Outros dois amigos virtuais doaram mais R$ 200 cada. Com o dinheiro ele conseguiu pagar a confecção das cinco primeiras minibibliotecas ao custo de R$ 280 cada e pagar pela adesivagem e instalação com pezinhos fixos ao chão. Para evitar que sejam depredadas ou levadas dos terminais.

As outras vão precisar de apoio para virarem realidade, mas como bom sonhador e realizador, Ronilço não se intimida e diz que sabe que irá conseguir. “Sempre consigo realizar meus projetos. Sei que dará tudo certo”, diz.

Quem quiser saber mais dos projetos e quem sabe ajudar o telefone de contato é 3365-0405.

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