Em Mato Grosso do Sul, candidatos a governador já gastaram, em média, R$ 17 por eleitor. As despesas não estão concentradas em propagandas tradicionais, como cavaletes e santinhos, mas no repasse a candidatos a deputado, principais cabos eleitorais no Estado, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

A campanha eleitoral mais cara do Brasil está em Mato Grosso do Sul, onde as maiores despesas são com “contratação” de aliados. A conclusão é de reportagem publicada neste sábado (20) no site da Folha de S. Paulo.

Os candidatos a governador no Estado gastaram, até agora, em média, R$ 17 por eleitor. Mas a maior parte do dinheiro da campanha não está nos meios convencionais, como cavaletes nas ruas, santinhos ou carros de som, conforme aponta a Folha, mas sim nas mãos dos candidatos a deputado, os principais cabos eleitorais dos candidatos majoritários.

“Para encarar uma disputa acirrada, a principal estratégia das campanhas tem sido contratar um time de aliados pelo Estado afora, despejando, por exemplo, dinheiro nos candidatos a deputado”, descreve trecho de texto da jornalista Estelita Has Carazzai.

Segundo apurado pela reportagem da Folha, são os candidatos a deputado que organizam comícios pelo interior, fazem panfletagem, conversam com os prefeitos e pedem votos a seus financiadores que disputam a majoritária.

Conforme publicado no site da Folha, o apoio dos candidatos a governador às candidaturas a deputado consumiu, até agora, um terço de toda a verba usada na campanha, algo em torno de R$ 11 milhões. Supera, até, os gastos com a produção de programas de televisão para o horário eleitoral gratuito.

A reportagem cita que um candidato fez repasses a 171 aliados, destacando o repasse, de uma só vez, de R$ 400 mil a um deles. Também traça o perfil dos principais concorrentes ao cargo e atribui ao atual governador, André Puccinelli (PMDB), o que chama de “cultura do repasse”.