Magnata da mídia de Hong Kong morre aos 106
Sir Run Run Shaw, que criou em Hong Kong um império asiático das comunicações, morreu na terça-feira, aos 106 anos, informou sua companhia. A emissora TVB disse em nota que Shaw morreu pacificamente em sua casa de Hong Kong, cercado por sua família. Figura emblemática do cinema local, Shaw popularizou os filmes de kung fu […]
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Sir Run Run Shaw, que criou em Hong Kong um império asiático das comunicações, morreu na terça-feira, aos 106 anos, informou sua companhia.
A emissora TVB disse em nota que Shaw morreu pacificamente em sua casa de Hong Kong, cercado por sua família.
Figura emblemática do cinema local, Shaw popularizou os filmes de kung fu no Ocidente e, em 80 anos de carreira, ajudou a transformar a então colônia britânica em uma “Hollywood do Oriente”.
Em 1967, lançou a TVB, principal canal aberto de Hong Kong, no qual permaneceu como presidente executivo até 2011.
Cinéfilo desde criança, diz a lenda que Shaw começou na atividade distribuindo de bicicleta rolos de filmes para cinemas rurais de Cingapura e da Malásia, o que dava um sentido adequado ao seu prenome, Run Run (“corre-corre”, em inglês).
Em 1925, ajudou seus irmãos mais velhos Runje, Runde e Runme a montarem um estúdio de cinema em Xangai. Os irmãos se transferiram posteriormente para Hong Kong, onde produziam e distribuíam filmes para uma rede com cerca de cem salas espalhadas por mercados asiáticos como Cingapura, Malásia e Tailândia.
Shaw depois rompeu com os irmãos e montou seu próprio estúdio, na década de 1950 -a gênese da era de ouro do cinema local. O estúdio produziu cerca de mil títulos, incluindo melodramas, épicos históricos e clássicos do kung fu, como “O Espadachim de Um Braço Só”, ajudando a redefinir os gêneros e a atrair novos públicos não só na Ásia como também no Ocidente.
Ele também investiu em várias coproduções, a mais famosa das quais foi “Blade Runner”, com Harrison Ford, em 1982.
Além disso, o estúdio foi pioneiro no gênero chamado “Wu Xia”, com frenéticas cenas de lutas envolvendo espadas e outras armas. “O Tigre e o Dragão”, premiado filme de Ang Lee, é um notável exemplo moderno desse gênero. Bruce Lee, Jackie Chan e John Woo são outros artistas influenciados pelo trabalho de Shaw.
Lee, aliás, representou um notável raro fracasso para Shaw. Na década de 1960, o então iniciante ator foi rejeitado pelo produtor e posteriormente acabou se associando a um ex-auxiliar de Shaw, Raymond Chow, que lançou o primeiro filme dele, em 1971.
Em 1980, Shaw passou a se dedicar mais ao canal de TV, mas em 2011 ele vendeu sua participação de 26 por cento na TVB para um consórcio, por 807 milhões de dólares. No mesmo ano, se aposentou da direção do canal, que ocupou por 30 anos, e assumiu o título de presidente emérito.
Ele era conhecido também pela atividade filantrópica e recebeu o título de cavaleiro do império britânico, em 1997, e a medalha Grand Bauhinia, de Hong Kong, em 1998.
Viúvo desde 1987, deixa a segunda esposa, Mona Fong, e quatro filhos.
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