Um ano depois do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), a mãe de uma das vítimas disse à “BBC Brasil” que ainda sente a presença de sua filha em quase todos os momentos da vida.

Ligiane Righi da Silva, mãe de Andrielle, diz que às vezes, em refeições, a família ainda coloca um prato na mesa para a filha que morreu no incêndio. “Em qualquer lugar, quando chegamos na casa de outra família, parece que eles estão esperando ela chegar.”

Ligiane diz que luta na Justiça contra a impunidade dos envolvidos porque quer garantir um ambiente de maior segurança para a sua outra filha no futuro. “Eu não desejo o que estou passando para nenhuma outra mãe, e eu não quero repetir isso aí com a minha segunda filha”, conta Ligiane, que formou a ONG “Para sempre Cinderelas” com outras mães de vítimas.

“Agora a minha filha não quer sair [na noite], mas quem sabe no futuro ela queira sair. Eu vou ficar agoniada enquanto ela não chegar [em casa]. A gente luta na Justiça nesse sentido –para que não aconteça novamente.”