Policiais do Serviço de Investigações Gerais (SIG ) prenderam ontem (29), por volta das 17 horas, Maria Aparecida da Silva Oliveira, de 39 anos, o companheiro dela, Jeser Araújo dos Santos, de 40 anos, e um filho dela de 17, além de outro adolescente de 16 anos.

Eles confessaram participação no atentado a um casal morador no Jardim Água Boa, ocorrido durante a madrugada desta quarta-feira em Dourados – a 225 quilômetros de Campo Grande. Maria Aparecida é mãe da Karine Aparecida da Silva Oliveira Pedroso, de 18 anos, que foi morta por engano.

Segundo a polícia, Maria teria tramado a morte do genro, Felipe Leonardo Correa, de 22 anos, conhecido como ‘Dentinho’, que ficou gravemente ferido. À polícia, Maria confessou que pediu para o companheiro Jeser e os jovens executarem o plano de matar o genro.

Ela ligou para eles durante a madrugada avisando que Felipe estava dormindo. Jeser entrou na casa e os menores ficaram do lado de fora vigiando. Mas o plano deu errado, conforme a mulher.

Quando Jeser chegou à casa e entrou no quarto onde estava o casal, “Dentinho” puxou a mulher e a fez de escudo. O pistoleiro descarregou a arma e acertou Karine com um disparo no olho esquerdo e dois no peito. Ela morreu na hora.

Já Felipe foi baleado com dois tiros no peito e encaminhado ao Hospital da Vida. Maria diz que tramou a morte de Felipe porque descobriu que ele queria matá-la. O genro também já teria estuprado uma cunhada de 13 anos.

Segundo Maria, Felipe frequentemente batia nela e nos filhos dela. Várias vezes ele teria colocado o cano do revólver em sua boca. Na delegacia ela dizia que deu tudo errado.

O plano, segundo a mulher, era para os executores tirarem Felipe de dentro da casa e matá-lo do lado de fora. Mas acabaram matando sua filha. Os quatros suspeitos foram autuados em flagrante acusados de homicídio e tentativa de homicídio.