O dois gols marcados na quarta-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o CSA, não só elevaram Luís Fabiano ao posto de terceiro maior artilheiro da história do São Paulo como também arredondaram números que provam: seu início de temporada é muito melhor do que o desempenho geral de 2013.

Ao vazar o goleiro adversário duas vezes na partida que assegurou vaga na Copa do Brasil, o atacante chegou à marca de 11 gols em 16 atuações em 2014 (média de 0,68 por partida). Exatamente a metade de vezes que balançou a rede em todo o ano passado, no qual foi a campo em 51 oportunidades e registrou média de 0,43 gol por jogo.

A melhora não é à toa. Ao contrário do que ocorreu em 2013, Luis Fabiano preparou-se melhor para a temporada atual, motivo pelo qual ficou fora somente de dois compromissos – um por ter sido poupado, outro por estar suspenso. Situação bem diferente das que viveu nas primeiras campanhas desde seu retorno (em março de 2011), nas quais se ausentou em diversos momentos, por lesão ou suspensão (por punições desportivas, cartões vermelhos ou acúmulo de amarelos).

O empenho diário, mas principalmente a maior dedicação nos jogos, tornou-o exemplo dentro do elenco. O técnico Muricy Ramalho, que o colocou no banco de reservas no final de 2013 (situação com que o atacante não convivia havia 12 anos), foi convencido de que Luis Fabiano está mais comprometido com o time e só tem lhe feito elogios. O centroavante, como de costume, voltou a ser referência, e o treinador voltou a armar a equipe em função de seu goleador.