Lojistas reclamam da venda de televisores na Capital, mas torcedores já buscam novidades

A menos de 30 dias do início da Copa do Mundo de Futebol, lojistas e vendedores dizem que as vendas de televisores não reagiram em Campo Grande como esperado com a chegada do evento. No entanto, nas ruas da cidade já é possível encontrar gente trocando as telinhas por telonas e mais modernas para acompanhar os jogos.

De acordo com o gerente de loja, Kélcio Luiz de Oliveira Colombo, a esperança é de em junho as vendas tenham uma reação, já que os brasileiros deixam para comprar de última hora. “Esperávamos um aumento mais significativo, mas estamos confiantes que em junho as metas traçadas sejam alcançadas”, explica.

O gerente de outra loja de eletroeletrônicos, Valdo Dantas, diz que as vendas ainda não foram alavancadas porque o campo-grandense ainda não está empolgado. “Aqui em Campo Grande as pessoas não estão no clima da Copa, mas estamos aguardando a primeira semana de junho para ver se o quadro muda com o início dos jogos”, explica.

Ainda segundo Dantas, a loja apostou no mundial para ter crescimento das vendas e foram investidos  40% na compra de TVs. “Ainda está fraca a venda de televisores, mas investimos nas promoções para atrair os clientes e as facilidades no pagamento”, garante.

Entre as lojas visitadas pela reportagem na região central de Campo Grande, apenas uma registrou melhoria no comércio de TVs. Na unidade, de uma rede nacional de móveis e eletrodomésticos, houve ‘elevação significativa’. O gerente, que preferiu não se identificar, disse que o crescimento também afetou aparelhos celulares, notebooks e tablets.

O gerente explicou que desde abril já foi observado  aumento expressivo nesse segmento. De acordo com ele, se continuar nesse ritmo é perigoso que falte o produto para quem deixar para adquirir na última hora.

“Desde o mês passado as vendas de televisores aumentaram e se continuar nesse ritmo vai acabar faltando o produto para quem deixar para adquirir perto da abertura da Copa”, alega.

Os modelos de aparelhos de televisão de 32 a 40 polegadas de led e plasma são os mais procurados. Já as TVs de 55 a 75 tem tido pouca saída. A classe C é a que mais tem comprado televisores porque quer trocar os modelos antigos pelos atuais e mais modernos.

Esse é o caso da professora aposentada Suely Bento da Cruz, de 53 anos, que resolveu trocar sua TV antiga por uma mais moderna. “Quero trocar minha TV antiga por uma mais nova porque é muito pequena. Quero estrear a Copa com uma televisão nova e com imagem melhor”, diz.

Já a psicóloga Danieli Nalepa, de 29 anos, a decisão de trocar seu televisor foi porque seu marido não quer assistir a Copa do Mundo no aparelho antigo. Ela explica que pela proximidade com o Mundial os preços estão bem atrativos.

“Quero comprar uma TV de 50 ou 60 polegadas e pretendo gastar em torno de R$ 2 mil a 3 mil. Achei que devido à Copa os preços estariam caros, mas me surpreendi porque está muito bom”, afirma.

A aposentada Joaninha Assis Orro, de 82 anos, disse que aproveitou a época da Copa para presentear seu padrasto que está sem televisor. A idosa afirmou que o preço está bom e que as facilidades para pagamento ajudam na hora da decisão.

“Comprei para meu padrasto porque a dele queimou e ele quer assistir a Copa e como o preço está muito atrativo e vou pagar em parcelas resolvi comprar”, conta.

Mas não são todas as pessoas que estão comprando televisores por causa da Copa do Mundo, as promoções é que têm incentivado a decisão. A repositora de mercadorias Cátia Regiane de Lima, de 40 anos, disse que os descontos oferecidos pelas lojas é que a atraiu para as compras.

Cátia disse que como as lojas têm colocado os aparelhos em promoção, aproveitou para comprar e presentear a mãe e o irmão. “Eu nem vim por causa da Copa e sim pelos preços, no sábado comprei uma para meu irmão e hoje comprei para minha mãe”, afirma.

Modelos mais procurados

Os clientes estão optando por modelos de pronta entrega que vão de 32 a 40 polegadas de led ou plasma. Os preços dos modelos mais procurados variam de R$ 799 a R$ 2 mil reais.

O setor também espera  crescimento em virtude do incentivo do governo com programas como o Minha Casa Melhor, que oferece R$ 18,5 milhões em crédito subsidiado para 3,7 milhões de mutuários do Minha Casa, Minha Vida.