Lobão diz que não há decisão sobre novo empréstimo para bancar térmica

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (28) que o governo ainda não decidiu se será feito um novo empréstimo bancário para pagar o custo extra das distribuidoras com o uso mais intenso das termelétricas e com a compra de energia no mercado à vista, mais cara. Lobão afirmou, porém, que […]

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (28) que o governo ainda não decidiu se será feito um novo empréstimo bancário para pagar o custo extra das distribuidoras com o uso mais intenso das termelétricas e com a compra de energia no mercado à vista, mais cara. Lobão afirmou, porém, que “não vão faltar recursos” para socorrer essas concessionárias, se isso for necessário.

“Por enquanto, nós não estamos pensando nisso [tomada de novo empréstimo]. Daqui para a frente, a cada momento, a sua decisão”, disse o ministro ao G1 após participar de cerimônia em que foi anunciado o aumento da mistura de biodiesel ao diesel, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Mas posso assegurar a você que nós não teremos crise nem falta de recursos quando eles forem necessários”, completou Lobão.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) confirmou ao G1 que o empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões contratado a pedido do governo para pagar o gasto extra das distribuidoras será totalmente utilizado até junho. Quando ele foi anunciado, em março, a previsão do governo era de que seria suficiente para financiar essas despesas até dezembro.

A regra que permitiu a operação financeira prevê a possibilidade de tomada de valores adicionais caso os R$ 11,2 bilhões não fossem suficientes. Esse empréstimo, e os próximos, se vierem a ser feitos, serão repassado às contas de luz a partir de 2015 e pagos pelos consumidores brasileiros.

Leilão

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também disse que “não existe previsão” de tomada de novos empréstimos para bancar o custo extra com o uso das termelétricas e a compra, pelas distribuidoras, de energia no mercado à vista.

Tolmasquim admitiu que o saldo que ainda resta do empréstimo de R$ 11,2 bilhões pode não ser suficientes para bancar os gastos referentes a abril, que serão quitados no início de junho. Mas o governo disse que ainda vai avaliar os números.

Ele apontou também que, a partir de julho, o custo extra das distribuidoras vai sofrer uma grande redução e, consequentemente, vai haver menor necessidade de financiar o setor.

Essa redução se deve ao leilão, realizado no final de abril, em que as distribuidoras puderam contratar das geradoras, a preços mais baixos, boa parte da energia que estavam adquirindo no mercado à vista.

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