Líder egípcio não intercederá por jornalistas condenados
O presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, afirmou nesta terça-feira que não vai “interferir” na decisão do Judiciário egípcio, que determinou a prisão de três jornalistas da rede de TV Al-Jazeera, acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana. “Nós devemos respeitar as decisões judiciais e não criticá-las, mesmo se os outros não compreenderem (as decisões)”, disse […]
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O presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, afirmou nesta terça-feira que não vai “interferir” na decisão do Judiciário egípcio, que determinou a prisão de três jornalistas da rede de TV Al-Jazeera, acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana.
“Nós devemos respeitar as decisões judiciais e não criticá-las, mesmo se os outros não compreenderem (as decisões)”, disse o presidente.
Um tribunal no Cairo condenou o australiano Peter Greste e os egípcios Mohammed Fahmy e Baher Mohamed por espalhar notícias falsas e apoiar o grupo islâmico, que foi banido no país. Eles estão presos há seis meses e negam as acusações.
O processo causou indignação internacional em meio a acusações de que teria motivações políticas.
Os três foram condenados a sete anos de prisão. Baher Mohamed foi condenado a mais três anos de prisão em um processo separado envolvendo a posse de armas. Eles devem entrar com recurso.
A Justiça egípcia também julgou nove acusados à revelia, incluindo três jornalistas estrangeiros, que foram condenados a dez anos de prisão.
Condenação
Políticos e a imprensa em diversos países condenaram a decisão da Justiça do Egito.
Em Londres, funcionários da BBC e colegas de outras empresas fizeram um protesto de um minuto em frente da sede da BBC, na região central de Londres.
“O veredicto é injusto; o caso, infundado”, disse James Harding, o diretor da BBC News, durante o protesto.
Harding afirmou que os jornalistas vão enviar uma carta ao presidente Abdul Fattah al-Sisi, pedindo intervenção no caso.
Em Brisbane, na Austrália, o pai de Peter Greste, Juris, disse a jornalistas que a família está “arrasada” e “chocada” com o veredicto.
“Este é um momento muito obscuro, não apenas para nossa família, mas para o jornalismo em geral”, disse os pais. Ele descreveu a decisão da Justiça egípcia como um “tapa na cara de todas as pessoas justas do mundo”.
“Jornalismo não é crime, senão vocês todos deveriam estar presos”, disse ele aos jornalistas.
O julgamento ocorre em meio a crescentes restrições ao trabalho da imprensa no Egito.
A Al-Jazeera, sediada no Catar, está proibida de operar dentro do Egito após autoridades terem acusado o canal de transmitir reportagens favoráveis ao ex-presidente Mohammed Morsi e a Irmandade Muçulmana. A Al-Jazeera nega as acusações.
O Catar apoia a Irmandade e é visto com ceticismo pelo governo egípcio.
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