O líder do Democratas (DEM) na Câmara Federal, Mendonça Filho (PE), irá pedir nesta terça-feira às ministras da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e das Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, proteção à médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos e pediu asilo no País. Segundo o deputado, a médica tem sido hostilizada por militantes e políticos ligados ao governo.

Em nota, o partido afirma que na reunião o deputado pedirá providências imediatas em casos como o do vice-líder do PT na Câmara, Zé Geraldo (PA), que subiu à tribuna do plenário da Câmara para dizer que a cubana “bebia e se deitava com homens”.

Ramona trabalhava pelo Mais Médicos no município paraense de Pacajá, mas deixou o programa por não concordar que profissionais cubanos recebam US$ 400 (aproximadamente R$ 960) enquanto os demais participantes têm salário de R$ 10 mil.

Atualmente, o Mais Médicos conta com a atuação de 6.658 profissionais em 2.166 municípios e em 28 distritos indígenas. Com o encerramento do período de acolhimento dos médicos da terceira etapa, o programa deve receber mais 2.890 profissionais. A meta é chegar a 13 mil médicos até março.