O líder do braço da Al-Qaeda no Iêmen prometeu atacar os Estados Unidos, em um vídeo que mostra aparentemente um encontro do grupo celebrando uma fuga da prisão em massa de militantes.

Em fevereiro, uma ação com bomba, granada e armas na principal prisão em Sanaa possibilitou a fuga de 29 presos, incluindo 19 detidos por crimes relacionados com o terrorismo.

O vídeo de 15 minutos, com data de março de 2014 e publicado em um site usado por militantes islâmicos, mostra homens mascarados acenando a bandeira preta da Al-Qaeda e celebrando a chegada dos prisioneiros libertados.

Sua autenticidade não pôde ser verificada de forma independente.

“O inimigo, queridos irmãos, ainda possui cartas que ele movimenta. Nós temos que lembrar que estamos sempre lutando contra o maior inimigo”, discursa um homem ao ar livre em uma área montanhosa, que o vídeo identifica como seu líder Nasser al-Wuhaishi.

“Nós temos que remover a cruz, (e) o portador da cruz, a América”, disse Wuhaishi, que apareceu com o rosto descoberto, vestindo uma camiseta e ostentando a adaga comum usada pelos iemenitas.

Com o título “Imagens da recepção dos prisioneiros libertados da prisão central de Sanaa”, o vídeo inclui o depoimento de militantes envolvidos na ação da prisão.

Abdulrazzaq al-Jamal, um jornalista que entrevistou membros da Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), disse que esta foi a maior reunião conhecida da Al-Qaeda no Iêmen.

“O evento incluiu cerca de 400 pessoas, e estes não são todos os membros do grupo. Este encontro é uma confirmação de que a Al Qaeda está ganhando força e influência”, disse ele à Reuters.

Formada em 2009, a AQPA atacou alvos militares, turistas e diplomatas no Iêmen e controlou territórios por longos períodos.

Ataques norte-americanos mataram vários suspeitos de militância do AQPA, incluindo Anwar al-Awlaki, um clérigo islâmico nascido nos Estados Unidos acusado de ligações com um complô para explodir um avião de passageiros com destino a Detroit em 2009 e aviões de carga norte-americanos em 2010.