O grupo de profissionais de saúde da Missão Evangélica Caiuás que prestam serviço terceirizado à Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) desbloqueou as duas pistas da rodovia MS-156, que liga Dourados à Itaporã no final da tarde desta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo.De acordo com um dos integrantes do grupo, a liberação da rodovia será até às 7 horas desta quarta-feira, que voltará a ser bloqueada.

O protesto iniciado na segunda-feira (17), pode se estender por muitos dias e ainda se desdobrar em uma ocupação da sede do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, nos moldes do que aconteceu em setembro do ano passado.

Policiais da PRE (Polícia Rodoviária Estadual) estão acompanhando o bloqueio orientando osmotoristas a retornarem ou pegarem uma rota alternativa. Que podem aumentar em média 30 km do trajeto que seria feito.

Reivindicações

A manifestação que tem o objetivo de chamar a atenção com relação às condições atuais da saúde indígena ocorre de modo ordenado.

Concentrados no ponto que fica próximo à rotatória que dá acesso às aldeias Jaguapiru e Bororó, os profissionais de saúde que prestam serviço nos quatro postos que localizados dentro da reserva indígena (dois em cada uma) protestaram contra as condições precárias de atendimento que, segundo eles, estaria funcionando de modo improvisado e com falta de insumos básicos para tratamento, como soro, agulha, seringas entre outros.

Na semana passada, os servidores resolveram deflagrar uma greve e manter somente 30% dos profissionais trabalhando nos postos.

A Sesai é responsável pela estrutura de trabalho dos servidores dentro da reserva, enquanto a Missão Caiuás é responsável pelo pagamento dos salários. Essas designações fazem parte de um convênio entre as duas partes para a prestação do serviço de saúde nas aldeias.