O professor de dança de salão, Leonardo Jardim Borges, de 23 anos, responsável pela nota 6, no quesito “mestre-sala e porta-bandeira” dada à escola de samba Igrejinha, na apuração dos desfiles do Carnaval ocorrida no dia 05 de março, em Campo Grande, afirma que o casal não fez a coreografia para sua torre de avaliação. “Eles cometeram alguns erros no percurso e não pararam para fazer a coreografia na torre três. Não tive como avaliar a dança”, justifica.

Formado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o avaliador resolveu se pronunciar depois dos membros da Igrejinha se revoltar com a avaliação e a Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande (Lienca) não homologar a vencedora, Vila Carvalho, por conta dos protestos.

Borges alega que usou vários critérios que estavam no caderno do avaliador para dar sua nota. “Em momento algum houve combinação de voto. Não tenho contato com nenhuma escola de samba e está não é a primeiro ano que sou jurado”, afirma. O professor ficou como avaliador na torre três, que é a última a dar as notas durante o desfile.

O jurado ainda ressalta que em nenhum momento quis diminuir a escola e tentou fazer uma avaliação justa. “Não vou dar nota maior do que dei para outras escolas, só por estar no grupo especial”, alega.

A Igrejinha desfilou com o tema “Quando se iluminam as avenidas, o luxo, o brilho e as cores desfilam na genialidade de Valdir Gomes”. As notas questionadas pelos membros da escola são as da comissão de frente 10; 10 e 7 e de mestre sala e porta bandeira 10, 10 e 6.