O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta quarta-feira que a Ucrânia não está no meio de uma batalha entre Estados Unidos e Rússia, ao tempo que ressaltou seu compromisso e o de outros dirigentes, como o chanceler britânico, William Hague, para apoiar o povo ucraniano na busca de um futuro democrático.

“Isto não é um jogo de soma zero, no qual a vitória ou perda de um participante se equilibra de maneira exata com as perdas ou lucro dos outros participantes. Isto não é Ocidente contra Oriente. Isto não é Rússia contra Estados Unidos”, ressaltou Kerry depois de ter se reunido ontem com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.

“Isto vai sobre o futuro do povo da Ucrânia, dos ucranianos tomando suas próprias decisões de futuro. Nós queremos trabalhar com a Rússia e outros países, com quem esteja disponível, para assegurar que este caminho é pacífico”, acrescentou.

Kerry fez estas declarações durante um ato sobre a prevenção e a erradicação da violência sexual nos conflitos, um dos temas abordados na conversa que teve com Hague na capital americana.

“Ambos estamos comprometidos em fazer nossa parte para apoiar os esforços do povo da Ucrânia, que, por sinal, deixou claro que quer ter um futuro democrático”, afirmou Kerry.

Uma assembleia popular estudará hoje na Praça da Independência (Maidan) de Kiev as propostas para a formação do novo Governo da Ucrânia, anunciou hoje o partido Batkívshina (Pátria), uma das principais forças opositoras ao deposto presidente Viktor Yanukovich.

O líder do Batkivshina, Arseni Yatseniuk, declarou ontem que a formação do governo deve ser estipulada com o Maidan, o núcleo dos protestos populares que explodiram em Kiev há pouco mais de três meses e, na última semana, provocaram a queda do regime de Yanukovich, em paradeiro desconhecido desde então.