Jogo da Lusa tem confusão, gritos anti-CBF e de 3ª divisão

Não poderia ser diferente. A tarde no Canindé, como esperado, foi tensa neste sábado, em dia que marcou a “estreia” da Portuguesa na Série B do Campeonato Brasileiro. Ameaçada de punição e possível exclusão do torneio, após sair de campo aos 17min do primeiro tempo do duelo contra o Joinville na sexta passada, a equipe […]

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Não poderia ser diferente. A tarde no Canindé, como esperado, foi tensa neste sábado, em dia que marcou a “estreia” da Portuguesa na Série B do Campeonato Brasileiro. Ameaçada de punição e possível exclusão do torneio, após sair de campo aos 17min do primeiro tempo do duelo contra o Joinville na sexta passada, a equipe rubro-verde viu confusão entre seus torcedores, gritos de revolta contra CBF e Globo e até sarro dos simpatizantes do Santa Cruz. O confronto terminou 1 a 1.

No meio do primeiro tempo, após chute do ataque do Santa Cruz que bateu na rede pelo lado de fora, a torcida pernambucana gritou gol de forma equivocada. Os lusitanos provocaram o fato, mas ouviram em troca: “ão, ão, ão, terceira divisão”, em coro que durou alguns segundos e foi rapidamente abafado, enquanto duelo sonolento ocorria dentro das quatro linhas.

A torcida rubro-verde, por sua vez, passou o duelo gritando palavras de baixo calão contra Globo, CBF e STJD, considerados culpados pela situação em que se encontra a Portuguesa atualmente. Irritados, os lusitanos quase foram às vias de fato antes do início do jogo, depois de confusão envolvendo o preço dos ingressos.

O site do time rubro-verde informava que os ingressos seriam vendidos pela metade do preço, mas não foi o que ocorreu no Canindé neste sábado, por erro cometido e admitido pelo vice-presidente de comunicação da Portuguesa. O incidente causou o destempero dos torcedores, que se irritaram com funcionários e jornalistas, principalmente os da Globo. A situação se acalmou depois de alguns minutos.

Após o duelo, o técnico Argel foi mais um a demonstrar impaciência e chegou a levantar de sua cadeira para gritar com alguns jornalistas atrasados. Irritado com as constantes perguntas sobre a polêmica, deixou claro que não quer mais falar do assunto. “Aqui a gente trabalha, é sério e honesto. Aqui tem seriedade, gente séria. Hoje damos um passo importante que foi jogar a competição. Quando assinei contrato não perguntei a divisão que ia jogar. Vamos tentar colocar a Portuguesa de volta ao lugar em que merece”, avisou.

A Portuguesa foi rebaixada no ano passado depois de escalar irregularmente o meia Héverton, e perdeu pontos nos tribunais que deixaram o Fluminense, que tinha sido relegado, na primeira divisão. O time paulista tentou reverter a decisão de todas as formas, inclusive na Justiça Comum, mas todas as iniciativas foram em vão.

E, na última sexta, após liminar obtida por um torcedor que exigia a devolução dos pontos perdidos pela Portuguesa na Série A do ano passado, a equipe deixou o gramado contra o Joinville ainda aos 17min do primeiro tempo. O fato enervou o STJD, que entrou com ação contra o clube pedindo a exclusão da segunda divisão nacional por abandono de campo.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva quer punir a equipe com base no artigo 205, parágrafo segundo, e 231 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e o artigo 69-2 do Código Disciplinar da FIFA, e a pena máxima rebaixaria a equipe à Série C do Campeonato Brasileiro. O julgamento ocorre nos próximos dias. Em campo, entretanto, a equipe enfrenta o Bragantino na terça, em Bragança.

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