A Marinha da Itália resgatou mais de 4 mil imigrantes em barcos superlotados no mar Mediterrâneo, ao sul da Sicília, nos últimos quatro dias, e várias outras operações de resgate ainda estão em andamento, informaram autoridades nesta sexta-feira.

O clima quente de primavera nesta semana deixou o mar calmo e aumentou o número de travessias ilegais. A maioria dos imigrantes paga mais de US$ 1.000 para fazer a travessia da Líbia para a Itália e a União Europeia o que deixou centenas de mortos no ano passado.

Dois suspeitos de tráfico de pessoas foram detidos depois que o navio San Giusto e outra embarcação da Marinha italiana chegaram ao porto siciliano de Augusta, perto de Siracusa, nesta sexta, com mais de 1.500 imigrantes resgatados.

Durante a operação, o San Giusto resgatou um refugiado morto e dois em estado crítico, disse o capitão Mario Mattesi à Reuters.

“As operações de resgate foram reforçadas, com cinco a oito navios, e todos estão operando na área de interesse”, entre a Sicília e a Líbia, disse Mattesi.

A Itália é uma grande porta de entrada para os imigrantes que chegam à Europa pelo mar do norte da África. Essas entradas por mar mais do que triplicaram em relação ao ano anterior, impulsionadas pela guerra civil na Síria e conflitos na África.

Em outubro, ao menos 366 eritreus morreram afogados em um naufrágio perto da costa da ilha italiana de Lampedusa, que fica na metade do caminho entre a Sicília e a Tunísia. Mais de 200, principalmente sírios, morreram em outro naufrágio uma semana depois.