Israel aceita estender trégua em Gaza por 4 horas; Hamas rejeita proposta

Israel aceitou estender por quatro horas a trégua humanitária com o Hamas e outros grupos armados na faixa de Gaza neste sábado (26), segundo informações das agências de notícias. A trégua acordada inicialmente, de 12 horas, iria até 20h no horário local (14h no horário de Brasília). Com a ampliação, o novo prazo seria até […]

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Israel aceitou estender por quatro horas a trégua humanitária com o Hamas e outros grupos armados na faixa de Gaza neste sábado (26), segundo informações das agências de notícias.

A trégua acordada inicialmente, de 12 horas, iria até 20h no horário local (14h no horário de Brasília). Com a ampliação, o novo prazo seria até a meia-noite (18h no horário de Brasília).

Porém, um porta-voz do Hamas disse que o grupo não vai aceitar a proposta de extensão do cessar-fogo, segundo informações da “Associated Press” e “CNN”. Autoridades de Israel afirmaram que quatro mísseis vindos de Gaza caíram no sul de Israel após o término da trégua inicial.

Com a trégua humanitária, ambulâncias entraram nas regiões de conflito neste sábado (26) e retiraram mais de uma centena de corpos entre os escombros.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em 8 de julho, o número de palestinos mortos superou os mil, na sua grande maioria de civis. Outros 6.000 palestinos, também na maioria civis, estão feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Do lado de Israel, 42 israelenses morreram, 40 deles soldados, além de um trabalhador tailandês, desde o início da ofensiva.

Mais cedo, uma reunião em Paris reuniu chefes da diplomacia da França, Estados Unidos, Catar, Turquia e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para buscar uma trégua duradoura. As autoridades fizeram um apelo pela prolongação do cessar-fogo em vigor, segundo o chanceler francês, Laurent Fabius.

Bairros devastados

Em Gaza, muitos palestinos aproveitaram o breve respiro para voltar aos seus bairros devastados, onde os cadáveres e os escombros se acumulavam. Multidõesprocuravam por água e comida.
Equipes de resgate e jornalistas descreviam cenas de desolação: casas que desabaram, corpos enegrecidos entre as ruínas e poças de sangue sobre as marcas dos tanques israelenses.

No setor de Beit Hanun, correspondentes da AFP viram o corpo de um socorrista da Cruz Vermelha em um hospital em parte destruído por um ataque israelense.

O Hamas desaconselhou os deslocados pelo conflito –mais de 160 mil , segundo a ONU– a se aproximar dos imóveis bombardeados e das zonas de combate pela possível presença de artefatos.

O exército israelense também recomendou que os habitantes não voltassem as suas casas neste minúsculo território onde cerca de 1,8 milhão de pessoas vivem na miséria.

Antes do início da trégua, 20 palestinos, 16 deles membros de uma mesma família, incluindo mulheres e crianças, morreram em um ataque aéreo de Israel contra Khan Yunes (sul), segundo fontes locais.

O conflito em Gaza, o quarto desde que o exército israelense se retirou deste território, em 2005, também atinge a Cisjordânia ocupada, palco de violentos combates.

As tropas israelenses mataram na noite de sexta-feira dois palestinos, de 16 e 18 anos, durante protestos. Em 24 horas, uma dezena de palestinos morreram na Cisjordânia. (Com agências internacionais).

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