Irmãs campo-grandenses criam repelente para mosquito a partir da extração de óleo da folha da pitanga

O ano passado não foi fácil para a família Errobidarte Matos. O pai das estudantes Danielle e Isabelle Errobidarte Matos, de 15 anos, e elas pegaram dengue. A única que escapou da doença foi a mãe. Diante disso, as gêmeas ficaram intrigadas e começaram pensar porque a mãe foi a única que não foi picada pelo mosquito Aedes aegypti?

Análise vai, análise vem, eles perceberam que a mãe havia trocado de perfume e estava usando uma nova essência com flor de pitanga. Daí surgiu o questionamento, não seria a pitanga um repelente natural?

Intrigadas levaram o questionamento à professora Camila Barbosa e decidiram partir para a pesquisa. Eles estão pegaram folhas de pitanga, já que não era o período do fruto, e pelo método de destilação por arraste de vapor, conseguiram chegar ao extrato da folha da pitanga. “Conseguimos separa o óleo da água e depois diluímos e fizemos o repelente. Os testes deram positivo”, conta Isabelle.

As meninas contam que o objetivo depois dos testes finais é buscar recursos e quem sabe colocar o repelente natural à venda. “Se tudo der certo e tivermos quem patrocine poderemos por o produto à venda”, finaliza.

O trabalho pode ser conferido na Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande, que está acontecendo durante a Semana de Ciência e Tecnologia IFMS 2014. O evento ocorre no Armazém Cultural desde ontem (25) e vai até este sábado (27). O horário de visitação é das 8h às 10h.