Irã enforcou o primeiro dos quatro homens sentenciados à morte por um grande golpe financeiro que marcou negativamente o governo do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, segundo a mídia local, neste domingo.
Mehafarid Amir-Khosravi, descrito como um magnata, foi enforcado na prisão Evin, de Teerã, no sábado, depois que a suprema corte manteve as quatro sentenças de morte. Não há informações sobre o destino dos outros três.
Exposto em 2011, o escândalo de 30 trilhões de riais (2,7 bilhões de dólares) envolveu fraude, propina, falsificação e lavagem de dinheiro em 14 bancos privados e públicos entre 2007 e 2010, por pessoas próximas à elite política.
Os iranianos estavam sendo impactados por sanções econômicas do Ocidente, e o caso prejudicou muito a reputação de Ahmadinejad e seu partido, ao fim do seu mandato de oito anos.
Os aliados de Ahmadinejad disseram que ele não teve nada a ver com o crime e culparam seus inimigos políticos por usarem o caso para garantir que os seus aliados não tivessem chance na eleição presidencial do ano passado.
Em março, o ex-vice-presidente de Ahmadinejad, Mohammad-Reza Rahimi, foi indiciado por seu envolvimento nesse caso.
O promotor-chefe Gholam-Hossein Mohseni-Ejei disse na semana passada que, além das quatro sentenças de morte, 33 burocratas de alto escalão e banqueiros receberam longas sentenças de prisão, inclusive duas perpétuas.
Por causa do escândalo, o então chefe do maior banco do Irã, o público Bank Melli, Mahmoud Reza Khavari, fugiu para o Canadá.