A inflação na zona do euro desacelerou inesperadamente em maio, elevando os riscos de deflação na região e praticamente consolidando o cenário para o Banco Central Europeu agir nesta semana.

A inflação ao consumidor na base anual nos 18 países que compartilham o euro desacelerou para 0,5 por cento em maio ante 0,7 por cento em abril, divulgou nesta terça-feira a agência de estatísticas da UE, a Eurostat.

Economistas consultados pela reportagem esperavam que a inflação permanecesse no nível de abril.

“O BCE mal precisa de qualquer outro motivo para apresentar um importante pacote de medidas de estímulo na reunião de política de junho, na quinta-feira, para conter o risco de uma inflação muito baixa por tempo prolongado se tornar deflação”, disse Howard Archer, economista-chefe da consultoria IHS Global Insight.

Fontes disseram à Reuters no mês passado que o BCE estava preparando um pacote de opções de política para sua reunião de quinta-feira, incluindo cortes em todas as suas taxas de juros e medidas direcionadas com o objetivo de aumentar o empréstimo a pequenas e médias empresas.

A fraca alta dos preços em maio deve consolidar as expectativas de que o BCE vai apresentar uma série de medidas para tornar ainda mais barato os empréstimos e ajudar a economia.

Em um sinal da lenta recuperação econômica, dados separados da Eurostat mostraram que o desemprego no bloco caiu marginalmente para 11,7 por cento em abril ante 11,8 por cento, mas ainda perto da máxima recorde de 12 por cento registrada há um ano.