Hong Kong: manifestantes estão céticos sobre o resultado das negociações

As negociações entre os estudantes e o governo de Hong Kong estão agendadas para o final desta semana, mas os manifestantes pró-democracia estão céticos sobre os resultados. Apesar de o número de pessoas nas ruas estar reduzido a algumas centenas, depois de os protestos em massa terem reunido milhares, os que restam nas barricadas dizem […]

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As negociações entre os estudantes e o governo de Hong Kong estão agendadas para o final desta semana, mas os manifestantes pró-democracia estão céticos sobre os resultados. Apesar de o número de pessoas nas ruas estar reduzido a algumas centenas, depois de os protestos em massa terem reunido milhares, os que restam nas barricadas dizem não ter intenção de deixar as ruas.

“Este é um lugar importante. Devemos ficar aqui independentemente de quantas pessoas temos”, disse Helix Kwok, um estudante de 18 anos que se mantinha, hoje (8), acampado à porta do gabinete do chefe do Executivo. “Se sairmos [do local], o governo vai nos ignorar. Se estivermos aqui, podemos reagir se algo acontecer”, explica.

Depois de três rodadas de “conversas preliminares”, as negociações formais com a secretária-chefe Carrie Lam, número dois do Executivo local, foram marcadas para sexta-feira (10), à tarde.

O líder estudantil Lester Shum ressaltou que o movimento está disposto a iniciar as conversas, mas manifestou preocupação com táticas pouco transparentes por parte do governo. “Pedimos aos dirigentes de Hong Kong e a Carrie Lam que enfrentem a questão da reforma política e não usem truques para nos enganar”.

Os que permanecem nas ruas também se mostram reticentes. “Não estou muito esperançoso com os resultados”, diz Timothy Sun, de 17 anos, que já passou dez dias no protesto. “Acho que o governo vai repetir o mesmo que já tinha dito antes, em vez de aceitar os nossos pedidos, como a nomeação civil [dos candidatos a chefe do Executivo]. Vão dizer que teremos eleições livres gradualmente e esse tipo de coisa. Vou ficar aqui, não quero que este protesto seja um fracasso”, acrescentou.

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