No boletim de ocorrência, por ameaça e desacato, é relatado que Salem teria ido até a porta da igreja e passou a xingar guardas municipais que estavam no local.

Era por volta das 20h30 de domingo (1º), quando a caminhonete Amarok placa NRP-0911 parou próximo da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, no Bairro Coophamat. Dentro dela estava Salem Pereira Vieira, de 32 anos, que teria tumultuado o culto, xingado e ameaçado o de Campo Grande, Gilmar Olarte, e sua equipe de segurança, segundo eles relataram à Polícia Civil.

No boletim de ocorrência, por ameaça e desacato, é relatado que Salem teria ido até a porta da igreja, onde estavam os guardas municipais Joelson Balejo de Arruda, de 43 anos, Cleysson Ferreira de Menezes, 30 anos, e Anderson Gonzaga da Silva Assis, 31, e passou a xingá-los. Os servidores municipais estariam no local porque o prefeito é um dos fundadores da Assembleia de Deus Nova Aliança, mas não consta no boletim de ocorrência que ele estava ali no momento.

O histórico do BO revela que, ainda na porta do templo, Salem levava a mão à cintura, aparentemente para mostrar que estava armado, e dizia estar “louco para empurrar uns três”. Em seguida, ele teria deixado o local, mas voltaria logo depois, desta vez na F-250 placas DHF-4678, conduzida por Silvano Barbi da Silva, de 24 anos.

Desta vez, Salem teria ameaçado invadir a igreja para “pegar o prefeito”. Ainda segundo as informações policiais, teria acusado Olarte de ser “pedófilo sem vergonha”. A reportagem procurou o prefeito para falar sobre o episódio, mas ele minimizou e se limitou a dizer que ‘o que aconteceu é o que está registrado no BO.”.

Fontes ligadas à equipe de segurança do prefeito revelam que Salem chegou a exibir uma arma de fogo enquanto ameaçava os guardas e xingava o prefeito. Ele foi detido pela , ouvido na Depac Piratininga e liberado.

A ligação de Salem com o prefeito ainda é um mistério. Pela segunda vez, ele acaba envolvido em problemas no qual figura, direta ou indiretamente, a figura de Olarte.

Em abril, ele foi preso – e solto no mesmo dia – pelo Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por porte ilegal de arma. A diligência fazia parte de uma investigação, sob sigilo, na qual Olarte foi intimado a depor, como testemunha.