Conhecido por sua vocação para a comédia, Hélio de La Peña se aventura pela primeira vez em outros gêneros no seriado “Segunda Dama”, protagonizado por Heloísa Perissé.

“Eu tenho um pé firme no humor, principalmente na criação, mas resolvi experimentar e encarar o drama, o suspense. Se bem que nesse seriado tem de tudo um pouco e, na verdade, deixei fluir o ator que sempre existiu dentro de mim”, disse La Peña no evento de apresentação da série.

Depois de quase cinco meses gravando os nove episódios, o artista está ansioso para ver o programa no ar, a partir do dia 15 de maio. “Estou curioso para ver como vai ser a reação do público com minha atuação. Ele é o chefe da bandidagem do morro, o dono do morro, mas seu papel não tem muita ação. Edmúcio sofre mesmo por amor. Tem uma dor de corno danada porque ele é ex-namorado de uma das gemêas [interpretadas por Heloísa], a Marali, a pobre. Ela me largou para correr atrás do marido da outra”, contou.

Sobre a possibilidade de Edmúcio ser o primeiro de uma série de personagens mais drámaticos, Helio jura que não sabe. “Não tenho nada de concreto, mas não sou de descartar trabalhos interessantes. O ‘Casseta’ acabou, foram 20 anos, e foi bastante interessante esse convite e como eu achava que tinha ferramentas para fazer esse personagem, eu topei. Se isso acontecer outras vezes, eu vou aceitar”, analisa.

Ele e os ex-colegas de “Casseta e Planeta” continuam sócios, com um escritório em Ipanema, zona sul do Rio. “Nossa redação continua ativa porque todos têm trabalhos no cinema, livros e projetos para televisão. Além disso tudo, existe uma amizade construída muito antes do programa, uma relação próxima”, contou o artista, que fez um roteiro de um filme em fase de capacitação. O longa deve ser chamar “Correndo Atrás” e terá como protagonistas Lázaro Ramos e Heloísa Perissé.

“Esse é projeto meu. O ‘Casseta’, o grupo, não tem nada. A gente pode pensar em resgatar o nosso material e apresentar de uma maneira mais dinâmica no Canal Viva, por exemplo. Vamos ver”, disse. Hélio de La Peña que também opinou sobre a renovação dos programas de televisão, inclusive na linha do humor.”Achei bem legal. Deu uma oxigenada. O ‘Tá no Ar’ apresenta uma coisa, que há muito tempo a Globo vinha se mostrando conservadora, de maneira temática. Eles quebraram tabus que nós do Casseta tínhamos enfrentado. É uma evolução, natural”, comentou.