Hamas defende emboscada em Gaza e diz que ocorreu antes do cessar-fogo

O Hamas reconheceu sua responsabilidade neste sábado por uma violenta emboscada na Faixa de Gaza na qual um militar israelense pode ter sido capturado, mas afirmou que o incidente provavelmente ocorreu antes do cessar-fogo e que, portanto, não violou a trégua patrocinada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e os Estados Unidos. O comunicado, feito […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O Hamas reconheceu sua responsabilidade neste sábado por uma violenta emboscada na Faixa de Gaza na qual um militar israelense pode ter sido capturado, mas afirmou que o incidente provavelmente ocorreu antes do cessar-fogo e que, portanto, não violou a trégua patrocinada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e os Estados Unidos.

O comunicado, feito pelo braço armado do Hamas, as Brigadas Qassam, parece ter como objetivo se antecipar à intensificação da ofensiva de Israel contra o enclave palestino, que já dura 25 dias, e evitar uma acusação internacional de ter violado o cessar-fogo na sexta-feira.

Mas, em um sinal de que a guerra pode estar arrefecendo, os militares israelenses disseram que seus objetivos, principalmente a destruição de túneis escavados pelo Hamas, estavam perto de serem concretizados.

Israel disse que membros do Hamas armados e um homem-bomba saíram de um túnel e armaram uma emboscada contra sua infantaria em Rafah, no sul, por volta das 9h30 da sexta-feira (horário local), uma hora e meia depois do início do cessar-fogo. De acordo com o Estado judeu, dois soldados morreram e outro foi sequestrado, o tenente Hadar Goldin.

O incidente fez Israel bombardear Rafah pela manhã, causando a morte de 150 palestinos. No começo da tarde, Israel declarou o fim da trégua, que deveria ter durado 72 horas e tinha a intenção de permitir a chegada de apoio humanitário a 1,8 milhão de palestinos que vivem em Gaza, além de facilitar as negociações de paz.

Washington acusou o Hamas de uma violação “bárbara” do acordo mediado com o Egito com o envolvimento de Turquia, Catar e do presidente palestino, Mahmoud Abbas, que é apoiado pelos EUA. A ONU afirmou que não verificou as causas do fim do cessar-fogo, mas questionou o compromisso de paz do Hamas e pediu a libertação de Goldin.

O Hamas afirmou que não sabe o que aconteceu com o soldado, mas que, se ele realmente foi capturado, provavelmente foi morto pelos ataques israelenses que sucederam a ação.

Alegando que a comunicação com os membros de Rafah está complicada, as Brigadas Hassam disseram no sábado acreditar que a emboscada ocorreu às 7 horas em resposta a avanços militares israelenses.

Conteúdos relacionados