Hackers iranianos usam contas falsas do Facebook para espionar EUA

Numa campanha de espionagem eletrônica sem precedentes, que durou três anos, hackers iranianos criaram contas falsas em redes sociais e um website falso de notícias para espionar líderes políticos e militares nos Estados Unidos, Israel e outros países, disse uma empresa de inteligência eletrônica nesta quinta-feira. A iSight Partners, que descobriu a operação, disse que […]

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Numa campanha de espionagem eletrônica sem precedentes, que durou três anos, hackers iranianos criaram contas falsas em redes sociais e um website falso de notícias para espionar líderes políticos e militares nos Estados Unidos, Israel e outros países, disse uma empresa de inteligência eletrônica nesta quinta-feira.

A iSight Partners, que descobriu a operação, disse que os alvos dos hackers incluem um almirante de quatro estrelas da Marinha norte-americana, parlamentares e embaixadores dos EUA, membros do lobby israelense nos EUA e quadros da Grã-Bretanha, Arábia Saudita, Síria, Iraque e Afeganistão.

A firma não quis identificar as vítimas e alegou que não podia informar quais dados foram roubados pelos hackers, que estavam buscando credenciais para acessar redes corporativas e do governo, além de máquinas infectadas com software malicioso.

A iSight apelidou a operação de “Newscaster”, dizendo que os hackers iranianos criaram seis perfis, que aparentemente trabalhavam para um site falso de notícias, o NewsOnAir.org, que usava conteúdo da Associated Press, BBC e Reuters e outros veículos de comunicação. Os hackers criaram outros oito perfis que supostamente trabahavam para companhias da área de defesa e outras organizações, disse a iSight.

Os hackers montaram contas falsas no Facebook e outras redes sociais online para estes 14 perfis, preencheram seus perfis com conteúdo pessoal fictício e tentaram estabelecer amizades com os alvos, segundo a iSight.

A operação estava ativa desde ao menos 2011, disse a iSight, ressaltando que esta é uma das campanhas de espionagem eletrônica mais elaboradas utilizando a “engenharia social” descobertas até hoje em qualquer país.

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