Há vagas: analistas de mercado dizem que falta mão de obra em Campo Grande

A CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande) afirmou nesta quinta-feira (23) que Campo Grande passa por um período no qual não faltam empregos. Segundo o presidente da CDL, Ricardo Kuninari, isso se deve à inauguração recente de grandes lojas de departamento, supermercados e franquias, fato que absorveu muitos empregados, principalmente vendedores, operadores de caixa, atendentes e estoquistas.

“No comércio de Campo Grande não falta emprego para quem quer trabalhar. As empresas estão tendo que oferecer benefícios a fim de manter empregados em seus quadros. Muitos empregadores concedem plano de saúde ou odontológico”, revela.

Quadros diz também que nas entrevistas de empregos a grande maioria das pessoas se mostra com preguiça. “Quando falo que a vaga é para trabalhar à noite ou no fim de semana eles dizem que não querem ou que vão pensar. O setor comercial tem essa carência há anos”, reforça.

A CDL diz que devem ser contratados 3.500 trabalhadores temporários entre os meses de outubro e dezembro. Além disso, 30% devem ser efetivados. Isso representa mais 1.050 empregados com carteira assinada em Campo Grande.

“Como a Prefeitura e o governo estadual sinalizaram que vão pagar os salários dos servidores em dia, além de antecipar o mês de janeiro, há uma expectativa de crescimento nas vendas de 7%, em relação ao Natal passado”, informa Kuninari.

De acordo com o gerente de uma grande loja de varejo da Capital, Pedro Magalhães, em 2013 foram contratados 10 trabalhadores temporários, contudo, esse montante não suficiente para atender à demanda. “Para esse Natal já contratei 15. Se achar que vai ser pouco, devo chamar mais gente. Ano passado não demos conta, foi muito corrido”, explica.

A líder de vendas de uma loja de roupas Leila Ribeiro Sinesio, de 40 anos, diz que os testes com freelancers já se iniciaram. “Geralmente fico analisando por cerca de cinco dias, se não der certo eu dispenso, porém, se mostrarem serviço fico com eles. É difícil achar mão de obra qualificada, já perdi a conta de quantos já passaram por aqui. Para mim, não precisa ter experiência e sim força de vontade”, informa.

Welington Maciel da Silva, de 21 anos, é estudante de matemática e trabalhador temporário. “Quero ser efetivado, prefiro ser fixo. Gosto muito de comércio porque é rentável, embora dependa das vendas para ganhar bem”, diz.

Itamara Gonçalves Fernandes, de 19 anos, também trabalha como freelancer e tem a intenção de ser contratada. “Vou me esforçar. No último emprego pelo q1ual passei fui efetivada depois de três meses”, lembra.

Já Alileia Santos, de 40 anos, conta com entusiasmo sobre sua efetivação. “Fiquei só uma semana como free e logo fui contratada”, frisa.

Vagas abertas

Segundo a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), atualmente há 700 vagas abertas na Capital. Essas oportunidades englobam o comércio, os serviços e a construção civil. O nível de escolaridade vai do ensino fundamental ao superior.