Grupo mantém até advogado de plantão para defender clientes de Campo Grande no Facebook

Apesar de constantes ameaças, o grupo Aonde Não Ir em Campo Grande nunca foi intimado pela Justiça. “Já aconteceram várias, mas nunca recebi nada oficial”, conta Camila Ariosi, 30 anos, uma das moderadoras do grupo. Mesmo assim, o grupo, que tem dois anos e quase 40 mil membros, tem advogados de plantão, para garantir a segurança […]

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Apesar de constantes ameaças, o grupo Aonde Não Ir em Campo Grande nunca foi intimado pela Justiça. “Já aconteceram várias, mas nunca recebi nada oficial”, conta Camila Ariosi, 30 anos, uma das moderadoras do grupo. Mesmo assim, o grupo, que tem dois anos e quase 40 mil membros, tem advogados de plantão, para garantir a segurança dos usuários.

“Tem os que são atenciosos, interagem e se desculpam, mas a maioria dos empresários está mais preocupada em calar quem foi mal recebido ou fez alguma queixa”, analisa Camila, que é auxiliar logística.

Reclamação no RJ pode ir parar na Justiça

No início de junho, SPA de Petrópolis-RJ enviou carta à cliente ameaçando-a com processo judicial caso ela não retire do ar um comentário que escreveu sobre o estabelecimento em site de viagens. “Achei um absurdo. Não vou retirar o comentário, pode me processar”, disse a cliente, que postou a carta no Facebook – o post teve mais de 4.300 compartilhamentos.

Camila frisa que os atritos acontecem diariamente, mas que “no fim, os empresários entendem o motivo de o grupo existir e a maioria até agradece. Muitos superiores relatam não saber o que acontece na ausência deles”.

Casos

Bastante acessado e repercutido, o grupo também é palco de situações bizarras. A moderadora listou os casos mais memoráveis do grupo. Confira abaixo.

Depressão

Uma usuária que comprou escova progressiva em site de compra coletiva aproveitou para pintar o cabelo, que ficou laranja. “Ela questionou a proprietária, que não fez nada na hora. Aí ela fez a reclamação no grupo e a mulher replicou que os clientes só são maltratados porque a funcionária dela é depressiva”, lembra Camila.

Montagem

Outro caso que ficou nos anais do grupo foi o do restaurante de Sushi, que postou foto com moscas em sua página do Facebook. “Eu estava online e dei o print. Depois eles falaram que foi um ex-funcionário que postou e montou a foto para queimar o estabelecimento”.

Tomando as dores

“Reclamaram uma vez de um lugar muito conhecido e o proprietário se desculpou. Depois uma mulher começou a xingar a menina que postou a reclamação. Fui olhar o perfil dela no Facebook e vi que ela trabalhava na empresa citada”.

Revolta

Nem só de casos cômicos vive o grupo. Camila escolheu o mais revoltante: o caso de uma franquia de perfumes. Usuária reclamou que foi maltratada por vendedora e a funcionária foi defendida pela superiora na página do grupo. “A dona da franquia foi grosseira e deu razão para a vendedora, dizendo que ela agiu certo. Todos ficaram muito revoltados”, conta.

 

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