Grupo islâmico é acusado de novo rapto de meninas na Nigéria
Dezenas de mulheres e meninas de dois vilarejos do Estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria, foram raptadas por supostos militantes da organização extremista islâmica Boko Haram, segundo os moradores destes locais. O rapto não foi confirmado por autoridades, mas os moradores dizem que o incidente ocorreu no dia seguinte ao anúncio de um cessar-fogo […]
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Dezenas de mulheres e meninas de dois vilarejos do Estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria, foram raptadas por supostos militantes da organização extremista islâmica Boko Haram, segundo os moradores destes locais.
O rapto não foi confirmado por autoridades, mas os moradores dizem que o incidente ocorreu no dia seguinte ao anúncio de um cessar-fogo entre o governo do país e o Boko Haram, que sequestrou mais de 200 mulheres jovens no país em abril.
As vilas de Waga Mangoro e Garta teriam sido atacadas no último sábado. Elas ficam próximas das cidades de Madagali e Michika, que estão sob o controle de militantes islâmicos há várias semanas.
De acordo com pessoas que vivem na região, um grande grupo de insurgentes atacaram as vilas, separaram as mulheres e meninas e forçaram a entrega de produtos agrícolas.
O Boko Haram ainda teria realizado outros ataques nesta região ao longo do último fim de semana.
A comunicação nesta área é difícil. Por isso, as notícias advindas de lá demoram a vir a público.
Cessar-fogo
Ao mesmo tempo, o governo ainda espera pela libertação das jovens raptadas em abril. Isso fazia parte do acordo de cessar-fogo, que não foi confirmado pelo Boko Haram.
Elas foram levadas de uma escola no Estado de Borno, uma das bases do Boko Haram. O sequestro destas jovens gerou uma campanha global por seu resgate.
Assim como os Estados de Adamawa e Yobe, Borno está em estado de emergência declarado pelo governo há mais de um ano.
Após o anúncio do cessar-fogo, o governo disse que novas conversas com o grupo seriam realizadas nesta semana.
A denúncia de um novo rapto vem à tona em meio à aprovação por parlamentares nigerianos de um empréstimo internacional de US$ 1 bilhão para modernizar equipamentos militares e treinar soldados para lutar contra os insurgentes no nordeste do país.
O pedido do empréstimo havia sido feito pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan.
No entanto, os parlamentares pediram ao ministro de Finanças do país esclarecimentos sobre as fontes deste empréstimo.
O custo anual com segurança no país está próximo de US$ 6 bilhões, quase um quarto do orçamento federal.
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