Um grupo de crianças menores de idade se juntou aos adultos para combater os grupos organizados em Tierra Caliente, no México. Kika, uma menina de 14 anos aprendeu desde cedo a odiar grupo narcotraficante conhecido com “Os Templários”.

Os Cavaleiros Templários são considerados o cartel dominante no Estado de Michoacán. Em maio de 2013, o presidente do México Enrique Peña Nieto enviou reforços para região afim para tentar enfrentar o grupo.

Kika segura um rifle calibre 223 AR–15 e usa uma camisa que a identifica como parte do grupo de civis armados: o Antunez. A menina não frequenta a escola há dois anos e diz que quer se vingar de todos os abusos cometidos pelos Templários.

“Eu estou aqui porque os Templários fizeram coisas ruins e estou pronta para lutar contra eles.”

Mas Kika não é a única criança que pega em armas para defender o local onde mora. O grupo é grande, porém, o porta-voz dos grupos de autodefesa na cidade, Estanislao Beltrán Torres, diz que não tem conhecimento da participação de nenhum menor na milícia.

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) pediu medidas para minimizar o impacto da violência sobre crianças e adolescentes, com especial atenção para proteção em contextos violentos no México.

O Congresso mexicano condenou a atuação de Kika e pediu ao Ministério do Interior que julgue o caso. Ela quer continuar na luta armada até que o organizado acabe e todos possam ser livres.